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Falta de preparo municipal pode agravar crises em SC

Santa Catarina
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Foto: Reprodução/Rádio Cidade

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Falta de preparo municipal pode agravar crises em SC

Secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil falou sobre importância das Defesas Civis municipais na resposta à desastres

TUBARAO

Durante a 1ª Reunião do Colegiado de Defesa Civil, realizada na sede da Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel) nesta quinta-feira (27), o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, apontou a importância de manter o diálogo frequente com as coordenadorias regionais e também com as prefeituras, facilitando ações e agilizando medidas quando os municípios estiverem em situação de crise.

“Como houve a mudança de mais de 200 prefeitos em Santa Catarina, uma das determinações do governador Jorginho Mello é de estarmos próximo aos municípios, trazendo aquilo que a secretaria pode trazer de apoio, tanto na proteção, como nas respostas às situações de calamidade, emergência, tragédia, enchente e enxurradas que venham acontecer. Hoje podemos também instruir as defesas civis”, disse Hildebrandt.

O secretário classificou o trabalho em nível estadual como ‘fantástico’ e que atualmente é possível informar a respeito dos eventos climáticos com duas horas de antecedência. “Se não houver alguém aqui no município capaz de levar essa informação para o cidadão, enfrentamos um grande desafio. Se hoje indicarmos que vai chover 100 mm em 2 , 12, ou 24 horas, os impactos serão diferentes. Então tem que ter alguém na coordenação que tenha capacidade técnica correta para avisar que vai ter uma enxurrada no bairro, que pode dar deslizamento, que pode dar enchente, que vai prejudicar uma comunidade. Isso o Estado não tem condições individuais de fazer, mas o município tem”, explicou Mário.

Ele ainda informou que o Ministério Público de Santa Catarina está lançando um edital para beneficiar 50 municípios com um kit de apoio. Itens como carros, computadores, televisores, drones serão destinados às cidades para contribuir com a prevenção de cheias e respostas a emergências. “O objetivo é para que em 1 ou 2 anos, possamos entregar um ‘kit Defesa Civil’, com equipamentos mínimos, para cada um dos prefeitos do nosso estado”, destacou.

Redragagem do Rio Tubarão

A respeito da redragagem do Rio Tubarão, obra aguardada há anos, cujo estudo de atualização do projeto ainda não foi iniciado, o secretário foi questionado sobre como o Estado observa a situação. Mário Hildebrandt disse que vê o caso “com bastante preocupação”.

“Entendemos que a limpeza dos rios é um ponto importante. Já estamos fazendo trabalhos nesse sentido em Rio do Sul e Rio do Oeste, que foi uma determinação do governador. Estamos avaliando para fazer em outras regiões do estado. São duas ações: a urbanização das margens e a limpeza do leito do rio. Essas ações precisam caminhar de forma separada e a Defesa Civil estadual quer ser parceira do processo de limpeza, é uma ação de proteção”, disse o gestor.

Mario também informou que nos próximos meses voltará para o Sul de SC junto com o governador Jorginho e que ele é quem definirá as prioridades para aplicação dos recursos. “Quando os prefeitos sentarem com o governador, vão passar as prioridades e com base nisso o governador vai definir os recursos para apoiar os municípios”, afirmou.

Melhor preparação

Hildebrandt também defendeu uma melhor preparação por parte dos municípios, que são os primeiros a agirem e tomar as decisões em momentos de crise. “Nós enquanto Defesa Civil estadual, estamos fazendo um investimento gigantesco. Queremos chegar em uma condição de poder fazer as previsões com até 12 horas de antecedência. Estamos fazendo melhorias nos radares e instalação de equipamentos novos. Essa ação vai dar condição de trazer informações para o município, como já trazemos hoje. Mas sem uma Defesa Civil forte na cidade, o resultado não vai ser o adequado a vida do cidadão. Estamos aqui para começar esse processo de capacitação”, declarou o secretário.

Servidores de carreira

De acordo com o Diagnóstico de Capacidades e Necessidade Municipais em Proteção e Defesa Civil da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), 59% das 1.993 defesas civis consultadas contam com um ou dois membros em suas equipes, 24% são compostas por três a cinco agentes, e apenas 17% têm mais de seis
funcionários. O cenário é delicado, uma vez que em uma pasta tão importante para a proteção do cidadão, são poucos os remanescentes entre as trocas de gestão e há uma quebra na continuidade do trabalho de prevenção às crises.

Em cima disso, Mário Hildebrandt defende que pelo menos dois funcionários da pasta deveriam ser de carreira em todos os municípios. “Tem que ter um ou dois servidores de carreira cuidando da Defesa Civil de cada município. No mês de janeiro tivemos em algumas regiões chuvas fortes e as equipes, por terem sido totalmente trocadas, não conseguiam nem preencher o sistema. Se não preenche, nem existe para nós a condição de emergência. Não há a condição de enviar uma cesta básica assim. Para isso precisa de pessoas e profissionais capacitados. Por isso temos os coordenadores regionais, para que se precisar eles preparem o profissional. Agora, essa decisão de manter uma equipe de carreira não depende do Estado, e sim dos prefeitos”, afirmou o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil

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