Política
“Deputados pediam para fechar nossas portas”, diz Rampinelli
Pesquisas do IPC em Criciúma se aproximam dos resultados eleitorais, gerando polêmica. Renato Rampinelli comenta críticas sofridas
A pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Catarinense (IPC) para a prefeitura de Criciúma apresentou resultados que se aproximaram das urnas, gerando polêmica entre os apoiadores da coligação de Ricardo Guidi (PL), que contestaram os dados. A diferença de 12 pontos já havia sido apontada pelos levantamentos do instituto.
Em entrevista ao programa Em Dia Com a Cidade, da Rádio Cidade em Dia, o diretor do IPC, Renato Rampinelli, comentou as controvérsias envolvendo as pesquisas na cidade. “Quando começou a polêmica, eu disse que o IPC não é um instituto aventureiro, não nasceu ontem. Estaremos aqui sempre. O IPC apanhou por falar a verdade. Tínhamos deputados pedindo para fechar nossas portas. A rádio que contratou o IPC não acreditou em nossa pesquisa. E o que dirão agora?”, questionou.
Rampinelli explicou que o instituto foi criticado por cerca de 20 dias. “A pesquisa é um retrato do momento. Muitas vezes, as pessoas se baseiam em suas bolhas, mas não é assim que se faz uma pesquisa”.
Rampinelli fala sobre a metodologia do IPC
O diretor destacou que a pesquisa científica deve abranger toda a representatividade da cidade, considerando critérios como gênero, idade, grau de instrução e perfil de renda. “Se feita corretamente, é difícil errar na tendência, o que se confirmou na pesquisa de Criciúma.”
Ele ressaltou a precisão dos números: “Na pesquisa, que indicava 43% para Vaguinho e 33% para Guidi, os votos válidos mostraram 48,8% para Vaguinho e 37,1% para Guidi. Erramos apenas 0,5% e 0,6%, respectivamente. A margem de erro é de 4%, então, em uma eleição apertada, poderia ter havido algo atípico. Mas, contra números e a prova das urnas, não há mais o que discutir”.
Pesquisa criticada pelo Governador Jorginho Mello
O governador Jorginho Mello também criticou as pesquisas, e Renato comentou: “Achei pesada a crítica, especialmente no dia da divulgação da pesquisa de outro instituto. Desmerecer e ofender é outra conversa. Se ele se referiu a mim, ele se equivocou. O resultado está aí. Se ele disse que nossas pesquisas eram compradas, o que dirá agora, após a divulgação dos resultados? Isso fica a critério dele, é uma questão política”, finalizou Renato.
