Anvisa tira de circulação cafés com toxina perigosa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a retirada imediata de três marcas que comercializavam um produto anunciado como café, mas que, na prática, continha impurezas e uma toxina prejudicial à saúde. As marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial foram banidas do mercado após análises apontarem contaminação por ocratoxina A, substância produzida por fungos e considerada perigosa para o consumo humano.

A inspeção, conduzida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), revelou que os produtos não eram feitos de café puro, como indicavam os rótulos. Em vez disso, apresentavam resíduos como folhas, cascas, pedras e até grãos crus — itens proibidos ou controlados por lei. A quantidade de impurezas encontrada ultrapassava o limite tolerado pela legislação brasileira.

Os rótulos, considerados enganosos, sugeriam que os pacotes continham “polpa de café” ou “café torrado e moído”, mas a composição real não correspondia às informações declaradas, configurando fraude ao consumidor.

As fabricantes responsáveis — Master Blends Indústria de Alimentos, D M Alimentos Ltda. (dona da marca Melissa) e Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda. (responsável pela marca Pingo Preto) — estão obrigadas a recolher todos os lotes irregulares. A venda, o armazenamento e até mesmo a publicidade desses produtos foram proibidos em todo o território nacional.

A Anvisa também orienta os consumidores a verificarem se possuem algum desses produtos em casa e, em caso positivo, descartá-los imediatamente. O alerta reforça que o consumo de produtos contaminados por ocratoxina A pode trazer sérios riscos à saúde a longo prazo, como problemas renais e possíveis efeitos cancerígenos.