Bebidas tradicionais do inverno, como chocolate quente, gemada, lattes de café doces e vinho quente, podem representar riscos à saúde óssea quando consumidas em excesso. O alerta é de nutricionistas e especialistas da área da saúde, que chamam atenção para o alto teor de açúcar presente nesses produtos, especialmente durante a temporada de frio e festas.
Segundo os profissionais, o consumo elevado de açúcar pode aumentar a excreção de cálcio pela urina, reduzindo a quantidade disponível no organismo para manter a densidade e a resistência dos ossos. Além disso, as constantes variações nos níveis de açúcar no sangue podem interferir na ação da vitamina D, fundamental para a absorção adequada do cálcio.
Outro ponto destacado é a inflamação crônica de baixo grau provocada pelo excesso de açúcar na alimentação. Esse processo inflamatório pode comprometer a remodelação óssea, mecanismo essencial para a manutenção da força e da integridade dos ossos ao longo do tempo. Cirurgiões ortopédicos também reforçam que dietas ricas em açúcar estão associadas a maior fragilidade óssea.
O impacto dessas bebidas, no entanto, varia conforme a composição. O chocolate quente preparado com leite, por exemplo, contém cálcio, o que pode amenizar parcialmente os efeitos negativos do açúcar. Ainda assim, especialistas alertam que as versões industrializadas costumam ter entre 20 e 30 gramas de açúcar por porção.
Já a gemada é apontada como uma das opções mais calóricas, por reunir grandes quantidades de açúcar e gorduras saturadas. O vinho quente e a cidra, por conterem álcool, também preocupam, já que o álcool prejudica a absorção de cálcio pelo organismo. No caso das bebidas de café sazonais, algumas podem ultrapassar 50 gramas de açúcar em uma única porção.
Diante desse cenário, a recomendação dos especialistas é clara: moderação. O consumo eventual dessas bebidas não representa um problema para pessoas saudáveis, mas o exagero frequente pode trazer prejuízos à saúde óssea, especialmente em grupos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência de cálcio ou vitamina D.
Fonte: Healthline
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