Saúde
Carolina Dieckmann e o jejum intermitente: 24 horas sem comer é saudável?
Recentemente, a atriz Carolina Dieckmann chamou atenção ao revelar que fez jejum intermitente de 24 horas para perder peso e se preparar para um papel
Por
Redação
Nos últimos anos, o jejum intermitente tornou-se uma tendência para quem busca emagrecimento, melhora da saúde e até otimização do desempenho mental. Entre os métodos mais debatidos está o jejum de 24 horas, conhecido pela radicalidade. Mas será que essa prática realmente traz benefícios? E o que a ciência diz sobre a segurança dessa estratégia?
Recentemente, a atriz Carolina Dieckmann chamou atenção ao revelar que fez jejum intermitente de 24 horas para perder peso e se preparar para um papel no filme (Des)controle. A mudança física drástica da atriz reacendeu o debate sobre a eficácia e os riscos desse tipo de estratégia.
O que é o jejum intermitente de 24 horas?
Essa forma de jejum consiste em ficar um dia inteiro sem consumir calorias, permitindo apenas a ingestão de líquidos não calóricos, como água, chá ou café sem açúcar. O método é geralmente realizado uma ou duas vezes por semana. Apesar de popular, ele exige cuidados e nem sempre é adequado para todas as pessoas.
O que a ciência diz?
Pesquisas recentes apontam que o jejum intermitente pode trazer benefícios como redução de peso, melhora nos marcadores inflamatórios e potencial aumento na longevidade. Contudo, quando se trata de jejuns prolongados, como o de 24 horas, os resultados ainda são controversos.
- Emagrecimento: Estudos publicados no Journal of Clinical Nutrition destacam que o jejum de 24 horas pode ajudar na perda de peso, principalmente pela redução da ingestão calórica semanal total. No entanto, especialistas ressaltam que o peso perdido nem sempre é apenas gordura, podendo incluir massa muscular e água.
- Impacto no metabolismo: Uma pesquisa da Universidade de Chicago revelou que jejuns prolongados podem causar alterações hormonais, como a redução de insulina e aumento de hormônios que mobilizam gorduras. Mas, a longo prazo, períodos prolongados sem comer podem levar o corpo a entrar em um estado de “conservação de energia”, desacelerando o metabolismo.
- Riscos e desvantagens: Especialistas do American Journal of Medicine alertam que jejuns de 24 horas podem ser perigosos para pessoas com condições como diabetes, problemas cardíacos ou distúrbios alimentares. Além disso, há relatos de efeitos colaterais como tontura, fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração.
O que dizem os especialistas?
Segundo a nutricionista clínica Fernanda Gonçalves, “o jejum intermitente pode ser uma ferramenta útil em casos específicos, mas o jejum de 24 horas deve ser usado com cautela e sempre com acompanhamento profissional. Ele não é recomendado para quem busca emagrecer rapidamente ou sem orientação”.
Já o endocrinologista Rafael Borges explica que “o jejum prolongado não é sustentável para a maioria das pessoas e pode levar a um comportamento alimentar desordenado. Alternativas mais equilibradas, como jejuns menores (12 a 16 horas), tendem a ser mais seguras e eficazes.”
Jejum intermitente: tendência ou exagero?
A história de Carolina Dieckmann ilustra como a busca pela magreza muitas vezes está associada a contextos específicos, como papéis exigentes no cinema. A atriz afirmou ter combinado o jejum com outras práticas para alcançar o efeito visual desejado, mas ressaltou o impacto no corpo: “Foi uma escolha artística, não algo que eu recomendaria como hábito”.
Nas redes sociais, internautas dividiram opiniões. Enquanto alguns elogiaram a dedicação da atriz ao papel, outros questionaram os métodos extremos adotados: “A magreza está sendo romantizada?” e “Isso não parece saudável.”