Saúde
Debate sobre prematuridade é promovido pelo hospital de Tubarão
Desafios para a mãe e para os profissionais foi assunto de roda de conversa na cidade
Por
Matheus Machado
A campanha do Novembro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre a prematuridade, traz neste ano o tema ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’, em alusão ao Dia Mundial da Prematuridade, celebrado neste domingo (17). No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos acontece antes das 37 semanas de gestação, colocando o país entre os 10 com maior número de partos prematuros no mundo.
No Hospital Nossa Senhora da Conceição, o Centro Materno Infantil debateu ontem (19) este tema com uma Roda de Conversas sobre “Trabalhando com Bebês Prematuros”, onde a equipe multidisciplinar falou sobre os desafios para a mãe e para os profissionais. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a prematuridade atinge aproximadamente 11% dos nascimentos no Brasil. Bebês prematuros enfrentam uma série de desafios: sistema imunológico imaturo, dificuldades respiratórias, complicações neurológicas, entre outros.
Conforme a médica pediatra e coordenadora da UTI Neonatal do HNSC, Karla Dal Bó, o parto prematuro é aquele onde o bebê nasce antes do tempo previsto, ou seja, até 36 semanas e 6 dias. O período de gestação ideal tem duração de 37 a 42 semanas. “Entre os fatores de risco para o parto prematuro estão consumo, durante a gravidez, de tabaco, álcool e drogas; infecções, principalmente no trato urinário; pressão alta (hipertensão arterial) e diabetes. Há uma maior incidência de prematuridade em gestantes adolescentes e gestantes com mais de 35 anos”, explica.
A médica ressalta que um ponto importante durante a internação de um bebê prematuro é a presença dos pais na UTI Neonatal, pois acelera o tempo de recuperação. “Nesse período de internamento o vínculo entre a família é fortalecido. Os bebês acompanhados respondem positivamente aos estímulos dos pais, auxiliando no amadurecimento e equilíbrio da vida da criança, além de acelerar sua recuperação”, completa.
A enfermagem também tem um papel fundamental no cuidado de recém-nascidos prematuros, desde a prevenção até o acompanhamento terapêutico. Estes profissionais atuam em diversas áreas como monitoramento constantemente das funções vitais do bebê, na alimentação que pode ser feita por sonda ou cateter, na orientação e acolhimento das famílias e no fortalecimento do vínculo entre pais e filhos.
Além da médica pediatria, participaram da Roda de Conversa a técnica de enfermagem Lenir Jasper, as enfermeiras Adriele Kuster e Maria Emília de Medeiros, e a psicóloga Erica Paes.
Referência
Hoje o HNSC tem uma estrutura robusta para cuidados de gestação de alto risco assim como prematuridade, proporcionando as pacientes um maior cuidados e sobrevida dos pequenos. “A excelência, a qualidade e o comprometimento dos profissionais da instituição, sendo uma referência no cuidado com os bebês nascidos prematuros que necessitam de atenção especial para poderem se desenvolver de forma saudável, também garantem um tratamento mais eficiente e com segurança’’, ressaltou o diretor-geral Hebert Moreschi”.
Com informações de HNSC.