Saúde
Dormir pouco ou muito? Ambos podem ser prejudiciais à saúde
Pesquisa revela curiosidades sobre o assunto
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Pesquisa revela curiosidades sobre o assunto
Por
Matheus Machado
Os resultados de uma pesquisa divulgada pelo portal Galileu sugerem que tanto dormir pouco quanto dormir muito são prejudiciais para funções cognitivas como memória, fluência verbal, funcionamento executivo, além da cognição global.
O objetivo foi investigar a associação isolada e combinada entre distúrbios do sono (duração do sono, sintomas de insônia nas últimas 30 noites e cansaço diurno) e desempenho cognitivo de adultos e idosos em testes cognitivos.
Para isso, foi realizada análise transversal dos dados da visita 2 (2012–2014) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), isto significa que os dados incluídos foram avaliados naquele único e determinado momento. O ELSA-Brasil é uma coorte de servidores públicos ativos e aposentados de seis capitais brasileiras: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Vitória, que contou, no início do estudo, em 2008, com 15.105 participantes voluntários.
Foram incluídos um total de 7.248 participantes, entre 55 e 79 anos, com média etária de 62,7 anos, sendo 55,2% mulheres. Associações em forma de U invertido foram observadas entre duração do sono e desempenho em todas as habilidades cognitivas, ou seja, durações menores ou maiores que sete horas estão associadas ao pior desempenho, independentemente da idade.
Além disso, o relato de insônia foi associado à pior função executiva, sendo a força das associações maiores para indivíduos com insônia em dois ou mais momentos ou, especialmente, insônia combinada com sono curto. Insônia em dois ou mais momentos também foi associada à menor memória e cognição global.
Esses resultados — que sugerem que durações maiores ou menores que cerca de sete horas do sono foram prejudiciais para todas as funções cognitivas investigadas — foram semelhantes tanto para adultos de meia-idade quanto para idosos, embora as pontuações dos resultados tenham sido menores para idosos em comparação aos adultos. Além disso, a insônia pareceu afetar mais fortemente a função executiva, mas também prejudicou a memória e a cognição global.
Com informações de Galileu/Globo.