Esquema vacinal: Vacina injetável substitui a gotinha contra a Poliomielite

A partir de 2025, o esquema vacinal contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, sofrerá alterações significativas. Crianças de 2, 4 e 6 meses, que antes recebiam a vacina oral, passarão a ser imunizadas com a versão injetável. Além disso, a dose de reforço, que até então era administrada em gotinhas, será aplicada de forma injetável aos 15 meses.

Com isso, a famosa vacina em gotinhas, símbolo da vacinação infantil no Brasil, será oficialmente aposentada. A decisão foi tomada após a análise de evidências científicas e recomendações internacionais, considerando que a vacina oral (VOP) contém o vírus enfraquecido, que, em condições sanitárias precárias, pode resultar em casos derivados da doença. A vacinação injetável se torna, assim, uma alternativa mais segura.

A medida conta com o apoio da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo que a vacina oral deverá ser utilizada apenas em casos excepcionais, como controle de surtos, como foi o caso recente na Faixa de Gaza, onde um surto de poliomielite foi detectado após 25 anos sem registros de casos. Embora o Brasil não tenha registrado casos da doença desde 1989, a cobertura vacinal sofreu quedas preocupantes nos últimos anos, com a taxa de imunização ficando em 77,19% em 2022, abaixo da meta de 95%.

O Ministério da Saúde destaca que a vacinação é um dos pilares para a saúde pública, sendo essencial para prevenir doenças graves e reduzir a disseminação de infecções. Além da poliomielite, o calendário nacional de vacinação abrange uma série de outras doenças, como sarampo, rubéola, tétano e coqueluche, protegendo a população em diferentes fases da vida.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) continua a coordenar as campanhas anuais, visando altas coberturas vacinais para garantir a proteção individual e coletiva.