Gordura abdominal: por que a “pochete” é tão difícil de eliminar

O problema afeta inclusive quem mantém rotina de treinos e alimentação equilibrada, o que gera frustração e dúvidas sobre como eliminar essa gordura persistente.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 19 de dezembro de 2025

6 min.
Gordura abdominal: por que a “pochete” é tão difícil de eliminar. Foto: Divulgação

Gordura abdominal: por que a “pochete” é tão difícil de eliminar. Foto: Divulgação

A gordura localizada logo abaixo do umbigo, popularmente conhecida como “pochete”, está entre as principais queixas de pessoas que buscam melhorar a forma física. O problema afeta inclusive quem mantém rotina de treinos e alimentação equilibrada, o que gera frustração e dúvidas sobre como eliminar essa gordura persistente.

Segundo especialistas, o acúmulo de gordura na região abdominal está relacionado a fatores hormonais, metabólicos e comportamentais, e não apenas à falta de exercícios específicos ou dieta inadequada.

Por que a gordura se acumula na região abdominal

A endocrinologista Carolina Castro explica que a gordura abdominal pode ser dividida em dois tipos principais:

  • Gordura visceral: mais comum em homens e em mulheres após a menopausa, está associada a maior risco cardiovascular.
  • Gordura subcutânea: localizada logo abaixo da pele, é a chamada “pochete”, mais frequente em mulheres.

De acordo com a especialista, essa região do corpo tende a estocar energia com mais facilidade por influência de hormônios como o cortisol e a insulina. Estresse crônico, sono desregulado e hábitos de vida pouco saudáveis contribuem diretamente para esse processo.

Hábitos que favorecem o surgimento da “pochete”

O nutrólogo Bruno Dubeux destaca que o estilo de vida tem papel decisivo no acúmulo de gordura abdominal. Entre os principais fatores estão:

  • Consumo frequente de alimentos ultraprocessados
  • Excesso de açúcar, farinhas refinadas e gorduras de baixa qualidade
  • Ingestão elevada de refrigerantes e bebidas adoçadas
  • Consumo regular de bebidas alcoólicas
  • Longos períodos de jejum seguidos de excessos alimentares

Esses hábitos favorecem picos de insulina e inflamação, dificultando a redução da gordura corporal.

É possível queimar gordura localizada?

Especialistas são unânimes ao afirmar que não é possível eliminar gordura de apenas uma região do corpo. A perda de gordura acontece de forma sistêmica, quando o organismo passa a gastar mais calorias do que consome.

O professor de Educação Física Daniel Dias explica que exercícios abdominais, por si só, não promovem a queima da gordura localizada. “Eles fortalecem a musculatura, mas a redução da camada de gordura depende de déficit calórico, treino global e constância”, afirma.

Quais exercícios ajudam de verdade

Para aumentar o gasto energético e preservar a massa magra, Daniel Dias recomenda priorizar exercícios multiarticulares, como:

  • Agachamentos
  • Remadas
  • Supino
  • Levantamento terra

No caso do treino aeróbico, o especialista orienta:

  • HIIT: indicado para quem já tem bom condicionamento físico, por elevar o consumo de oxigênio após o exercício.
  • Aeróbio contínuo e moderado: mais adequado para iniciantes.

Os exercícios abdominais devem ser usados como complemento, com foco no fortalecimento do core, melhora da postura e prevenção de lesões.

Alimentação e rotina fazem diferença

Além do treino, a alimentação equilibrada é fundamental. O nutrólogo Bruno Dubeux recomenda:

  • Ingestão adequada de proteínas
  • Controle calórico individualizado
  • Refeições regulares ao longo do dia
  • Priorizar alimentos in natura e minimamente processados
  • Aumentar o consumo de fibras (verduras, legumes, frutas e grãos integrais)
  • Reduzir álcool, refrigerantes e ultraprocessados
  • Manter boa hidratação diária

Segundo os especialistas, a combinação entre alimentação adequada, exercícios regulares, sono de qualidade e controle do estresse é o caminho mais eficaz para reduzir a gordura abdominal de forma saudável e sustentável.


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