A gordura localizada logo abaixo do umbigo, popularmente conhecida como “pochete”, está entre as principais queixas de pessoas que buscam melhorar a forma física. O problema afeta inclusive quem mantém rotina de treinos e alimentação equilibrada, o que gera frustração e dúvidas sobre como eliminar essa gordura persistente.
Segundo especialistas, o acúmulo de gordura na região abdominal está relacionado a fatores hormonais, metabólicos e comportamentais, e não apenas à falta de exercícios específicos ou dieta inadequada.
Por que a gordura se acumula na região abdominal
A endocrinologista Carolina Castro explica que a gordura abdominal pode ser dividida em dois tipos principais:
- Gordura visceral: mais comum em homens e em mulheres após a menopausa, está associada a maior risco cardiovascular.
- Gordura subcutânea: localizada logo abaixo da pele, é a chamada “pochete”, mais frequente em mulheres.
De acordo com a especialista, essa região do corpo tende a estocar energia com mais facilidade por influência de hormônios como o cortisol e a insulina. Estresse crônico, sono desregulado e hábitos de vida pouco saudáveis contribuem diretamente para esse processo.
Hábitos que favorecem o surgimento da “pochete”
O nutrólogo Bruno Dubeux destaca que o estilo de vida tem papel decisivo no acúmulo de gordura abdominal. Entre os principais fatores estão:
- Consumo frequente de alimentos ultraprocessados
- Excesso de açúcar, farinhas refinadas e gorduras de baixa qualidade
- Ingestão elevada de refrigerantes e bebidas adoçadas
- Consumo regular de bebidas alcoólicas
- Longos períodos de jejum seguidos de excessos alimentares
Esses hábitos favorecem picos de insulina e inflamação, dificultando a redução da gordura corporal.
É possível queimar gordura localizada?
Especialistas são unânimes ao afirmar que não é possível eliminar gordura de apenas uma região do corpo. A perda de gordura acontece de forma sistêmica, quando o organismo passa a gastar mais calorias do que consome.
O professor de Educação Física Daniel Dias explica que exercícios abdominais, por si só, não promovem a queima da gordura localizada. “Eles fortalecem a musculatura, mas a redução da camada de gordura depende de déficit calórico, treino global e constância”, afirma.
Quais exercícios ajudam de verdade
Para aumentar o gasto energético e preservar a massa magra, Daniel Dias recomenda priorizar exercícios multiarticulares, como:
- Agachamentos
- Remadas
- Supino
- Levantamento terra
No caso do treino aeróbico, o especialista orienta:
- HIIT: indicado para quem já tem bom condicionamento físico, por elevar o consumo de oxigênio após o exercício.
- Aeróbio contínuo e moderado: mais adequado para iniciantes.
Os exercícios abdominais devem ser usados como complemento, com foco no fortalecimento do core, melhora da postura e prevenção de lesões.
Alimentação e rotina fazem diferença
Além do treino, a alimentação equilibrada é fundamental. O nutrólogo Bruno Dubeux recomenda:
- Ingestão adequada de proteínas
- Controle calórico individualizado
- Refeições regulares ao longo do dia
- Priorizar alimentos in natura e minimamente processados
- Aumentar o consumo de fibras (verduras, legumes, frutas e grãos integrais)
- Reduzir álcool, refrigerantes e ultraprocessados
- Manter boa hidratação diária
Segundo os especialistas, a combinação entre alimentação adequada, exercícios regulares, sono de qualidade e controle do estresse é o caminho mais eficaz para reduzir a gordura abdominal de forma saudável e sustentável.
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