Mãos frias são uma queixa comum entre catarinenses, mesmo em dias amenos. Segundo especialistas, o sintoma pode variar da simples reação ao frio até sinais de problemas de saúde que merecem atenção médica.
Um dos motivos mais frequentes é o fenômeno de Raynaud, desencadeado pela contração exagerada dos vasos sanguíneos nas extremidades. Neste quadro, dedos ficam pálidos, azuis e depois rubros, geralmente após exposição ao frio ou situações de tensão. Essa condição costuma ser benigna quando isolada, mas é importante ficar atento a sintomas como dor ou feridas – pode indicar envolvimento reumatológico.
Outras causas comuns incluem:
Má circulação ou aterosclerose – vasos entupidos dificultam o fluxo de sangue, especialmente em fumantes, pessoas sedentárias ou com idade avançada .
Hipotireoidismo – tireoide pouco ativa desacelera o metabolismo, reduzindo o aquecimento das extremidades.
Anemia – falta de glóbulos vermelhos causa menor oxigenação periférica.
Estresse e ansiedade – aumento de adrenalina leva à vasoconstrição, diminuindo o fluxo para mãos e pés.
Outros fatores podem incluir diabetes, neuropatias, tabagismo e doenças vasculares periféricas.
Quando se preocupar: o sintoma isolado em ambientes frios tende a ser normal. Porém, se vier acompanhado de dor, alterações de cor persistentes, formigamento, feridas que demoram a cicatrizar ou surgimento repentino sem motivo climático — procure um cardiologista, endocrinologista ou reumatologista.
Como amenizar o desconforto
Use luvas finas ou aquecedores portáteis, especialmente no inverno ou em serra catarinense, onde há queda brusca de temperatura.
Pratique exercícios regularmente para estimular a circulação.
Evite o tabagismo e reduza o estresse por meio de atividades como caminhada, meditação ou relaxamento.
Hidratação e alimentação equilibrada ajudam no metabolismo e na saúde vascular.
Em resumo, manter hábitos saudáveis e estar atento a sinais associados evita que algo aparentemente simples — mãos frias — seja sintoma de uma condição subjacente. Repense o estilo de vida e consulte seu médico se notar repetição ou piora dos sintomas.
Fontes locais recomendadas: Secretaria de Saúde de SC e hospitais públicos podem orientar sobre exames de sangue, tireoide e análises vasculares em casos persistentes.