A enfermeira australiana Bronnie Ware, especialista em cuidados paliativos, passou anos acompanhando pessoas nas últimas semanas de vida. Dessa experiência nasceu uma das obras mais emocionantes sobre a finitude humana: “Antes de partir: os 5 principais arrependimentos que as pessoas têm antes de morrer”, traduzida para mais de 30 idiomas.
Em seu blog e no livro, Bronnie relata que, ao se depararem com a própria mortalidade, os pacientes costumam refletir profundamente sobre o sentido de suas escolhas. A seguir, estão os cinco arrependimentos mais citados por quem chegou ao fim da vida.
1. “Gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo”
Esse foi o arrependimento mais recorrente entre os pacientes. Segundo a enfermeira, muitas pessoas percebem tarde demais que viveram mais para atender às expectativas alheias do que às próprias vontades. “A maioria não realizou nem metade de seus sonhos”, escreve Bronnie, destacando que as escolhas – ou a falta delas – moldam esse destino.
2. “Gostaria de não ter trabalhado tanto”
O excesso de trabalho, principalmente entre os homens, é outro arrependimento comum. Muitos lamentam o tempo perdido longe da família e a ausência nos momentos de convivência. Bronnie observa que, embora as mulheres também expressem esse pesar, nas gerações mais antigas elas costumavam estar mais ligadas ao lar do que ao mercado profissional.
3. “Gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos”
Reprimir emoções para evitar conflitos é uma atitude que, segundo Bronnie, cobra um preço alto. “Muitos adoeceram por carregar amargura e ressentimento”, afirma. Ela acrescenta que expressar o que se sente pode fortalecer relações saudáveis ou encerrar as que não fazem bem — “de qualquer maneira, você vence”, diz.
4. “Gostaria de ter mantido contato com meus amigos”
Com a rotina e as responsabilidades, muitas pessoas deixam amizades importantes se perderem no tempo. No fim da vida, a falta desses vínculos é sentida com intensidade. “Todo mundo sente falta de seus amigos quando está morrendo”, conta a enfermeira, ressaltando que, na hora da despedida, o que importa não é o dinheiro ou o status, mas o amor e as relações que construímos.
5. “Gostaria de ter me permitido ser mais feliz”
Por fim, Bronnie destaca que muitos de seus pacientes se arrependem de não terem se permitido ser realmente felizes. O medo da mudança e o apego a hábitos e padrões sociais os impediram de viver com leveza. “Quando se está no leito de morte, o que os outros pensam deixa de importar”, afirma.
A obra de Bronnie Ware é um convite à reflexão sobre como viver de forma mais autêntica, presente e coerente com o que realmente importa. Suas observações mostram que, no fim, os arrependimentos não estão ligados a fracassos materiais, mas às oportunidades de viver plenamente — e de amar sem reservas.
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