Saúde
País amplia integração digital na saúde
RNDS avança em Santa Catarina e demais estados brasileiros; traz unificação de dados, acesso mais ágil e gestão eficiente a 99% dos municípios brasileiros
Santa Catarina já faz parte da transformação digital na saúde pública com a integração à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), que agora adota o CPF como identificador principal dos pacientes. A medida permite a unificação do histórico clínico dos cidadãos catarinenses, promovendo mais eficiência, rastreabilidade e redução de desperdícios na gestão do SUS.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 80% dos estados e 68,3% dos municípios brasileiros estão conectados à RNDS. No total, 3.805 municípios integram a plataforma com envio regular de dados e compartilhamento de informações padronizadas com o sistema nacional.
Além de facilitar o acesso ao histórico médico por meio do aplicativo Meu SUS Digital — que ultrapassou 59 milhões de downloads —, a RNDS agora é exigência para a adesão ao programa “Agora Tem Especialistas”. Esse programa federal permite que prestadores privados quitem dívidas com o SUS oferecendo exames, consultas e cirurgias, o que pode ampliar o atendimento em regiões carentes.
A nova regulamentação também traz avanços na gestão pública. Com os aplicativos SUS Digital Profissional e SUS Digital Gestor, profissionais e gestores municipais e estaduais têm acesso seguro e ágil aos dados, favorecendo o planejamento e evitando duplicidade de atendimentos.
O governo federal projeta que a adoção do CPF como chave de acesso consolide o Brasil como referência em saúde digital. O impacto é direto: prontuários integrados, notificações sobre retirada de medicamentos e mais controle sobre seus tratamentos. Apenas no último mês, mais de 150 mil pacientes no país foram notificados pelo aplicativo sobre medicamentos disponíveis na Farmácia Popular.
O Ministério da Saúde reforça que a digitalização da saúde está alinhada ao Plano Estadual de Saúde 2024-2027, que prevê a ampliação do acesso aos serviços, especialmente em áreas remotas. A expectativa é que, com a consolidação da RNDS, os municípios catarinenses ganhem maior autonomia e inteligência na gestão da atenção primária.