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SC realiza cirurgia inédita em paciente com tumor ósseo

Saúde
Tumor Osseo Cepon
Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Arquivo / Secom

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SC realiza cirurgia inédita em paciente com tumor ósseo

Procedimento complexo de reconstrução de membro inferior foi realizado pelo SUS

O Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), em Florianópolis, realizou pela primeira vez uma complexa cirurgia de reconstrução de membro inferior em um paciente com osteossarcoma, um dos tipos mais agressivos de tumor ósseo. O procedimento inovador foi realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e preservou a perna do jovem paciente, sendo considerado um grande avanço no tratamento oncológico ortopédico na região e em Santa Catarina.

A cirurgia teve duração aproximada de quatro horas e meia. O paciente recebeu acompanhamento pós-operatório e quimioterapia e a alta foi dada dez dias após a cirurgia. “Essa conquista abre caminho para novas possibilidades de tratamento na região. A realização desse procedimento pelo Cepon representa um marco na ortopedia oncológica da instituição, ampliando as opções terapêuticas para pacientes com tumores ósseos e reforçando a qualidade dos serviços oferecidos pelo SUS”, destaca o coordenador do setor de ortopedia do Cepon, Elcio Madruga.

Conforme o diretor-geral do Cepon, Marcelo Zanchet, embora esse tipo de procedimento já seja realizado em outros centros especializados do país, esta foi a primeira vez que foi conduzido no Cepon. “Nosso objetivo é proporcionar não apenas a melhor abordagem terapêutica, mas também garantir que o paciente tenha qualidade de vida durante todo o processo de tratamento. No Cepon, contamos com a Ala de Adolescentes e Jovens Adultos (AJAS), um espaço projetado para atender jovens a partir dos 15 anos, onde o acolhimento e a humanização são prioridades”, garante.

Sobre a intervenção

A intervenção consistiu na substituição completa do fêmur, da articulação do joelho e do quadril, utilizando uma endoprótese biarticulada. Esse tipo de reconstrução permite que o paciente mantenha o membro afetado, proporcionando melhor qualidade de vida em comparação com a amputação, que dificultaria o uso de próteses convencionais. “O principal benefício é a preservação do membro, permitindo ao paciente caminhar com sua própria perna, sem depender de próteses externas ou andadores. Caso houvesse uma amputação nesse nível, a adaptação seria muito mais difícil”, explicou Madruga.

Saiba mais

O osteossarcoma é o tipo de câncer ósseo mais comum em crianças e adolescentes, ocorrendo principalmente entre os 10 e 20 anos, fase em que os ossos crescem rapidamente. Esse tumor atinge sobretudo os ossos longos, sendo os mais afetados o fêmur, que responde por 80% dos casos, e a tíbia, especialmente na região do joelho.

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