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Caso Thamily: delegado sustenta legítima defesa

Segurança
Caso Thamily delegado sustenta legítima defesa
Foto: Divulgação

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Caso Thamily: delegado sustenta legítima defesa

Jovem de 23 anos foi morta em abordagem policial na última sexta-feira

A abordagem policial que resultou na morte de Thamily Venâncio Ereno, de 23 anos, segue repercutindo em Criciúma e região. O delegado regional da Polícia Civil de Criciúma, André Milanese, sustenta a tese de que a responsável pelo disparo fatal agiu em legítima defesa.

Em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (25) à Rádio Cidade em Dia, André descreveu a abordagem ocorrida na última sexta-feira. O alvo da operação era Kauan de Oliveira Filastro, que, além de ser namorado de Thamily, também possuía um mandado de prisão em seu desfavor.

De acordo com o delegado, a Delegacia de Combate às Drogas de Criciúma já havia realizado semanas atrás uma operação de combate ao tráfico na cidade e, na ocasião, foram apreendidos objetos e provas na casa de Kauan e Thamily, em Nova Veneza. Os policiais, então, montaram uma operação para abordá-lo em frente à casa do seu pai, no bairro São Sebastião, em Criciúma – local onde ele frequentava com certa frequência.

“Eram quatro policiais em duas viaturas, posicionados em pontos estratégicos para visualizar a casa. Por volta das 13h30, um carro Fiat Siena preto parou em frente à casa e os policiais viram Kauan descendo do banco caroneiro, ao lado do motorista, com um objeto e indo até a casa do pai. Quando ele retornou, os policiais decidiram fazer a abordagem, entendendo que era o momento mais seguro, porque dificilmente tentaria uma fuga a pé”, declarou o delegado.

Milanese argumenta que uma viatura chegou por trás e outra pela frente para realizar a abordagem. Os policiais que estavam defronte ao Fiat Siena, segundo o delegado, se identificaram como sendo da Polícia Civil e ordenaram que o motorista parasse e que Kauan descesse do automóvel. Ambos, no entanto, teriam descumprido a ordem.

O namorado de Thamily teria gritado ordenando o motorista para fugir. De acordo com o delegado, também teria quebrado o seu celular no painel do automóvel, possivelmente para impedir a localização de provas. Milanese alega que foi quando o motorista deu ré que o disparo fatal ocorreu.

“O motorista deu deliberadamente uma ré em alta velocidade contra os policiais, que desceram da viatura e estavam atrás para abordar. A policial feminina, que infelizmente teve a necessidade de fazer o disparo, se viu obrigada a atirar porque estava encurralada entre a viatura e um barranco, com o carro vindo em alta velocidade de encontro dela. Ela seria atropelada, possivelmente tendo lesões graves ou até morrendo. Ela usou da prerrogativa da legítima defesa para efetuar um disparo para o carro parar. Quando ela atirou, o carro parou, mas nem ela e nem outro policial sabiam que havia uma terceira pessoa no carro, no banco de trás, que infelizmente foi atingida na cabeça”, disse Milanese, se referindo à Thamily.

A jovem de 23 anos chegou a receber atendimento médico e foi encaminhada ao hospital. Ela faleceu no fim de semana, depois de ter tido morte cerebral, e sepultada nesta segunda-feira. Em um perfil nas redes sociais, amigos e familiares de Thamily cobram justiça, alegando despreparo na abordagem policial que vitimou a estudante de Odontologia. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Criciúma se manifestou dizendo que está acompanhando o caso. Tanto Kauan quanto o motorista do carro alvo da abordagem foram presos.

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