Caso Vanessa: Delegado confirma causa da morte após autópsia

Após investigações conduzidas pela Polícia Civil, foi confirmada a causa da morte de Vanessa Bez Casagrande, encontrada sem vida em 3 de dezembro, em Balneário Arroio do Silva. Segundo o delegado Juliano Baesso, responsável pelo caso, a vítima tirou a própria vida, o delegado confirmou a informação durante coletiva nesta terça-feira (10).

Inicialmente, a hipótese de feminicídio foi levantada após familiares identificarem marcas no corpo durante o velório. O corpo foi removido para nova autópsia antes do sepultamento em Santa Rosa do Sul, mas a suspeita foi descartada. “A investigação revelou que essas marcas foram causadas antes do ocorrido, durante uma discussão no fim de semana anterior, e outras surgiram devido ao transporte do corpo e ao procedimento da funerária”, explicou o delegado.

A Polícia Científica realizou a perícia no local na manhã do dia 3. “Os policiais que atenderam à ocorrência relataram que a primeira impressão, com base nos indícios coletados, foi de autoextermínio”, disse Baesso. A análise de câmeras de segurança mostrou que Vanessa chegou sozinha à casa de veraneio às 23h do dia anterior. Durante a madrugada, saiu com o carro às 2h30 e retornou às 3h04. “As imagens confirmam que, durante toda a madrugada, ninguém mais entrou ou saiu da residência”, pontuou.

Testemunhas afirmaram ter visto Vanessa na sacada por volta das 6h da manhã, momentos antes do ocorrido. “Às 6h57, as câmeras mostram a vítima subindo em um banco e praticando o ato”, disse o delegado. Exames complementares indicaram a presença de cocaína no organismo da vítima, o que, segundo Baesso, “pode ter contribuído para a decisão dela naquela madrugada”.

Sobre o histórico da vítima, o delegado destacou que Vanessa havia registrado um boletim de ocorrência contra o ex-marido em outubro, mas as investigações descartaram o envolvimento dele na morte. “Analisamos câmeras que comprovaram que ele estava na casa dos pais naquela madrugada”, disse Baesso. Mensagens de despedida enviadas ao ex-marido foram encontradas no celular da vítima. “Ela enviou mensagens pessoais, o que reforça a hipótese de suicídio”, acrescentou.

Áudios foram divulgados em momentos em que ela teria sido agredida pelo ex-companheiro, mas o delegado afirma que esses áudios eram do mês de outubro. Uma medida protetiva foi concedida após esse fato. “Recebemos vídeos e áudios pela imprensa, mas eles estão relacionados ao fato ocorrido em outubro, que já foi investigado. Não há qualquer evidência de contato entre o casal após a concessão das medidas protetivas”, afirma Baesso.

Encerrando o caso, Baesso concluiu: “A investigação mostrou que não houve qualquer ação de terceiros no ocorrido. Toda a cena e os elementos apurados apontam para um suicídio.”

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