Segurança
Conheça principal mandante de morte em aeroporto de SP
Ações policiais já estão sendo desencadeadas para localizar os envolvidos no crime
O principal suspeito de ser o mandante do assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, no Aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro de 2024 foi identificado pelo Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP).
A vítima era ré por homicídio, lavagem de dinheiro e delator de integrantes do crime organizado. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira, 13, na sede da unidade, no Centro de São Paulo.
As investigações apontaram para um suspeito, de 44 anos, vulgo “Cigarreira”, envolvido com o tráfico de drogas e armas de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Ele também atua com o tráfico na região do Tatuapé, na zona leste de São Paulo. Para despistar os policiais, o criminoso e alguns familiares utilizavam documentos falsos com várias identidades.
O DHPP realizou o cruzamento de conversas e ligações telefônicas para identificar os demais envolvidos. Em um dos cumprimentos de mandados, os agentes localizaram em um apartamento uma caixa de celulares que seria utilizada pela sobrinha do mandante. O imóvel pertencia ao apontado como “olheiro” do crime, já identificado e com mandado de prisão expedido.
Segundo a Polícia Civil, “Cigarreira” arquitetou o plano do assassinato com a ajuda de um braço direito, vulgo “Didi”. Juntamente com o olheiro, os três seguem foragidos.
Após mais de três meses de investigações, a força-tarefa do DHPP está na fase final e o inquérito policial será relatado nas próximas semanas para solicitar a prisão preventiva dos envolvidos.
“Temos testemunhas e provas técnicas para concluir esse inquérito. Cheguei a ficar 36 horas dentro de uma sala montada só para resolver esse caso. Escrivães analisaram 30 horas de imagens, muitas vezes com a qualidade ruim, somente para chegar na solução desse caso”, disse a delegada Ivaldo Aleixo, diretora do DHPP.
Operação para localizar envolvidos
Cerca de 120 policiais foram às ruas nesta quinta-feira, 13, para cumprir mais de 20 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos mandantes do crime. Entre os alvos estão parentes e pessoas próximas a Cigarreira. Todos foram ouvidos na sede do DHPP.
Foram apreendidos aparelhos celulares, pen drives e alguns outros objetos. Os policiais também fizeram buscas em um suposto galpão atribuído como propriedade de Cigarreira.