Segurança
Delegado comenta sobre a dentista assassinada pelo irmão em SC
Polícia Civil quer esclarecer se o autor sabia que a vítima estava grávida
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Polícia Civil quer esclarecer se o autor sabia que a vítima estava grávida
Por
Matheus Machado
Após a repercussão nacional e cobertura com conteúdos exclusivos promovidos pelo portal SCTodoDia sobre o caso da dentista que foi assassinada pelo irmão em Gravatal, a Rádio Cidade conversou com o delegado de Polícia Civil William Meotti durante a semana, que detalhou sobre o crime e está à frente do caso.
O delegado comentou que desde o crime, forças de segurança como a Polícia Militar e Polícia Civil estavam atrás de Ezequiel Martins, que fugiu pela mata após esfaquear Isabel Cristina Martins na quinta-feira (26). Pelo sábado (28), os advogados do acusado entraram em contato com a Polícia Civil para fazer a apresentação de Ezequiel na delegacia.
No mesmo dia, ele foi interrogado e encaminhado ao Presídio Regional de Tubarão. Sobre as primeiras declarações, Meotti falou que o autor exerceu seu direito de permanecer em silêncio. Vale destacar, que a mãe da vítima e do assassino presenciou o fato e é testemunha ocular do crime. Sobre como a polícia está lidando com ela, o delegado confirmou que ela já foi interrogada, mas que estava muito abalada com a situação. Por este motivo, novas oitivas serão realizadas após o período de luto.
Segundo William, o homicídio foi resultado de uma desavença de longa data sobre a herança da família, informação que já era trabalhada e confirmada pela polícia. Com o término das apurações, a polícia visa buscar se Ezequiel tinha o conhecimento de que a irmã estava grávida, pois neste caso, o crime de aborto também será imputado ao acusado. Para as conclusões, mais testemunhas, principalmente vizinhos, assim como os laudos periciais pendentes, devem ser ouvidos e anexados ao inquérito.
Ezequiel também possui antecedentes criminais por pequenos delitos, como brigas com vizinhos e maus-tratos contra animais. O autor está preso preventivamente por 30 dias, que podem ser prorrogados por mais 30, até o fim do inquérito policial, que será remetido ao Ministério Público (MP), que define se denuncia ou não o acusado.