Foto: Reprodução/CBMSC

Santa Catarina

Dia da Mentira: trotes ainda causam problemas

Identificação de chamadas reduziu 65% dos trotes aos bombeiros de Santa Catarina

Por

Matheus Machado

Publicado em 01/04/2025 16:50 - Atualizado em 01/04/2025 16:50

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Aproveitando o dia 1º de abril, marcado pelas pegadinhas, trotes e brincadeiras, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMS) aproveitou para fazer uma campanha de conscientização nas redes sociais nesta terça-feira.

Em um post com os dizeres “Trote para o 193, uma mentira que pode custar sua vida”, a corporação alerta para a gravidade da situação, onde a cada trote recebido, o atendimento a uma emergência verdadeira pode atrasar. Além disso, a prática configura um crime, conforme o artigo 266 do Código Penal.

“Com a modernização das nossas centrais é possível identificar as chamadas anteriores. Se aquele número já executou um trote, vai ficar registrado em nosso sistema e é mais fácil a identificação por parte do operador. Além disso, o georreferenciamento do celular que está fazendo a ligação de emergência também permite a desconfiança sobre uma informação falsa passada em uma eventual ligação classificada como trote”, destaca o Comandante do 3º Batalhão Bombeiro Militar de Blumenau, Tenente-Coronel Mateus Muniz Corradini.

CBMSC USA TECNOLOGIAS PARA REDUZIR TROTES

O emprego de sistemas que permitem a identificação de chamadas recorrentes no CBMSC, resultou na redução de 65% dos trotes entre os anos de 2020 e 2024. Em números absolutos, as chamadas falsas diminuíram de 15.400 para 5.306, e a perspectiva é que essa redução continue. Nos primeiros três meses de 2025 foram 1.195.

A realização de chamadas falsas para as centrais de atendimento de emergência é considerada crime passível de punição. Mais do que uma brincadeira, essas ligações podem prejudicar atendimentos reais, impedindo que profissionais sejam direcionados a ocorrências legítimas por estarem ocupados com trotes. Diversas tecnologias, além do trabalho de conscientização, têm sido adotadas para minimizar os chamados “trotes”.

A partir da identificação da chamada, também é possível retornar a ligação e realizar um trabalho de conscientização. Além disso, a geolocalização permite identificar o endereço de onde a chamada foi realizada, possibilitando, em casos mais graves, a denúncia aos órgãos competentes.

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