Um esquema criminoso de agiotagem, que envolvia empréstimos de dinheiro com juros abusivos e extorsões, foi desmanchado pela Polícia Civil de Santa Catarina. O grupo, conhecido como “agiotas ostentação”, atuava na Grande Florianópolis, cobrando dívidas com ameaças de armas de fogo e forçando vítimas a abrir empresas em seus nomes. Os criminosos ostentavam bens de luxo, como carros, barcos e imóveis, adquiridos com o dinheiro obtido de forma ilícita.
A operação, chamada Abutre, é coordenada pela Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC). O grupo já era investigado desde o final de 2023, após a descoberta de que utilizavam contas bancárias de “laranjas” para ocultar e movimentar valores de origem criminosa.
Como funcionava o esquema
O grupo oferecia empréstimos a vítimas e, depois, cobrava juros extorsivos. Quando as vítimas não conseguiam pagar as dívidas, eram intimidadas com violência. Em muitos casos, eram forçadas a transferir bens valiosos ou até mesmo abrir empresas de fachada para a movimentação de dinheiro ilícito. A Polícia Civil também encontrou evidências de lavagem de dinheiro, com o grupo utilizando esses bens de luxo como forma de disfarçar o lucro obtido.
Investigações e continuidade
Além da agiotagem e extorsão, os criminosos também são investigados por outros crimes relacionados à lavagem de dinheiro. Com a operação, a Polícia Civil segue a investigação para desmantelar por completo a rede criminosa e responsabilizar todos os envolvidos.