O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou na manhã desta terça-feira (4) uma operação em Itapema para apurar crimes de lavagem e ocultação de bens, falsidade ideológica e fraude à execução. A ação ocorreu em apoio a um Procedimento Investigatório Criminal conduzido pela 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lages, responsável pela Defesa da Moralidade Administrativa.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Lages. O foco da investigação é a ocultação de patrimônio e a tentativa de impedir o cumprimento de sentença judicial decorrente de atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.
Entre os investigados está o ex-diretor-geral de Recursos Humanos do Município de Lages, que, durante sua gestão entre 2009 e 2010, teria alterado contracheques de servidores, causando prejuízo de cerca de R$ 380 mil aos cofres públicos.
O ex-servidor foi condenado nas esferas cível e criminal, com suspensão dos direitos políticos, proibição de contratar com o poder público, multa civil e obrigação de ressarcir o erário. O valor atualizado da condenação, em 2025, é de R$ 2.685.701,42.
A nova investigação aponta que o condenado ocultou valores e bens e utilizou familiares para dissimular patrimônio, com o objetivo de evitar o cumprimento da sentença e o ressarcimento ao município.
O nome da operação, em latim, faz referência à expressão “Prata Oculta”, em alusão à conduta do investigado de esconder bens e direitos por meio de terceiros.
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