Jovem morre após queda de skate em São José e acende alerta sobre segurança

Para tratar do tema, a reportagem ouviu Murilo Rosa, coordenador do projeto Cultura Skateboard, que destaca que o uso de equipamentos de proteção deve ser prioridade, independentemente do nível de experiência do skatista.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 26 de dezembro de 2025

5 min.
Jovem morre após queda de skate em São José e acende alerta sobre segurança. Foto: Divulgação

Jovem morre após queda de skate em São José e acende alerta sobre segurança. Foto: Divulgação

Uma tarde que deveria ser de lazer terminou em tragédia na Grande Florianópolis e reacendeu um alerta importante sobre a segurança na prática do skate. Um jovem morreu após sofrer uma queda enquanto andava de skate no bairro Kobrasol, em São José, na região continental.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, a vítima foi encontrada caída no local, inconsciente, com suspeita de traumatismo cranioencefálico. O jovem entrou em parada cardiorrespiratória e, apesar do atendimento prestado pelos bombeiros e pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), morreu ainda no local.

O caso gerou comoção entre moradores e praticantes do esporte e trouxe à tona a necessidade de reforçar os cuidados de segurança, especialmente entre adolescentes e jovens que utilizam o skate como forma de lazer ou esporte.

Uso de equipamentos de proteção é fundamental

Para tratar do tema, a reportagem ouviu Murilo Rosa, coordenador do projeto Cultura Skateboard, que destaca que o uso de equipamentos de proteção deve ser prioridade, independentemente do nível de experiência do skatista.

De acordo com ele, o capacete é um item essencial, principalmente para menores de 18 anos. “O uso do capacete é uma regra em campeonatos e pode, sim, ser aplicado também para o skatista amador, para quem está começando. O skate envolve risco, e uma queda pode acontecer de forma inesperada. Ter a cabeça protegida é um primeiro passo importante”, explica.

Além do capacete, Murilo ressalta a importância de outros equipamentos, como joelheiras, cotoveleiras e munhequeiras, que ajudam a reduzir a gravidade de lesões. Segundo ele, o uso desses itens pode variar conforme a modalidade praticada, mas contribui significativamente para a segurança.

Escolha do local influencia no risco de acidentes

Outro ponto destacado é o local onde o skate é praticado. Pistas apropriadas são consideradas mais seguras, apesar de exigirem atenção ao fluxo de outros praticantes. “Toda pista tem um fluxo natural. Quem está começando precisa observar, entender como ela funciona, respeitar o espaço dos outros e ficar atento a possíveis erros, que podem colocar mais pessoas em risco”, afirma Murilo Rosa.

Já em ruas e ciclovias, os riscos aumentam. Obstáculos, circulação de pedestres, bicicletas, carros e irregularidades no piso tornam o ambiente mais perigoso. “Uma pedrinha no chão pode travar o skate e provocar uma queda grave. Nesses espaços, é preciso redobrar a atenção, reduzir a velocidade e antecipar situações de risco”, orienta.

Papel das escolinhas e projetos sociais

Murilo Rosa também destaca a importância de projetos sociais e escolinhas de skate na formação de praticantes mais conscientes. Segundo ele, além das manobras, esses espaços trabalham a observação do ambiente, o respeito ao próximo e a segurança.

“Tudo isso ajuda a evitar acidentes, tanto com o skatista quanto com quem está ao redor. A prática segura precisa ser aprendida desde o início”, reforça.

O skate é um esporte olímpico, praticado por milhares de pessoas em todo o Brasil. No entanto, especialistas alertam que a diversão deve caminhar junto com responsabilidade, atenção e o uso adequado de equipamentos de proteção para reduzir riscos e evitar tragédias.


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