A operação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, já é considerada a mais letal da história do estado. De acordo com o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF), 64 pessoas morreram até o momento, número que ainda pode aumentar, já que a ação segue em andamento.
Segundo o levantamento, o episódio supera a operação no Jacarezinho, em maio de 2021, que terminou com 28 mortes. Até então, essa era a mais violenta operação policial registrada no Rio.
As operações mais letais no Rio de Janeiro
- Alemão e Penha (2025) – 64 mortos
- Jacarezinho (2021) – 28 mortos
- Penha (2022) – 23 mortos
- Alemão (2007) – 19 mortos
- Alemão (2022) – 17 mortos
Objetivo da megaoperação
De acordo com o governo do Rio de Janeiro, a ação tem como foco conter a expansão do Comando Vermelho (CV) e prender líderes da facção que atuam tanto no estado quanto em outras regiões do país.
As forças de segurança buscam cumprir 100 mandados de prisão, sendo que 30 deles são de criminosos que estariam escondidos em outros estados, especialmente no Pará.
Até o último balanço divulgado pelas autoridades, 64 mortes foram confirmadas, incluindo 60 suspeitos e quatro policiais (dois civis e dois do Batalhão de Operações Policiais Especiais – Bope). Além disso, 81 pessoas foram presas.
A maior ação em 15 anos
O governo estadual classificou a operação como a maior realizada nos últimos 15 anos no Rio de Janeiro, tanto em número de agentes envolvidos quanto na amplitude territorial.
Apesar dos resultados divulgados, o número de mortes deve reacender o debate sobre a letalidade policial no estado, tema recorrente em operações nas comunidades cariocas.
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