Menino brasileiro tem dedos amputados em escola de Portugal e família aponta possível agressão

Criança brasileira de 9 anos teve dedos amputados em escola de Portugal; mãe suspeita de agressão por racismo e xenofobia

Vitor Wolff

Publicado em: 17 de novembro de 2025

3 min.
Menino brasileiro tem dedos amputados em escola de Portugal e família aponta possível agressão - Foto: Reis Quarteu/Creative Commons

Menino brasileiro tem dedos amputados em escola de Portugal e família aponta possível agressão - Foto: Reis Quarteu/Creative Commons

Um menino brasileiro de 9 anos sofreu amputação parcial de dois dedos dentro de uma escola em Cinfães, Portugal, no dia 10 de novembro. O caso ocorreu na Escola Básica Fonte Coberta, que informou inicialmente à mãe da criança que o ferimento teria sido resultado de um acidente. No entanto, relatos posteriores levantaram suspeitas de que o episódio possa ter sido motivado por xenofobia e racismo.

Segundo a mãe do menino, Nívea Estevam, o filho era alvo de bullying por parte de outros estudantes. Ela afirma que colegas teriam usado a porta do banheiro para pressionar os dedos da criança, causando a amputação parcial. A denúncia ganhou repercussão na mídia portuguesa e chegou à política local. Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco da Esquerda (BE), questionou o Ministério da Educação sobre a possibilidade de o caso se tratar de mais um episódio de violência motivada por discriminação contra crianças estrangeiras. O presidente da Câmara Municipal de Cinfães, Carlos Cardoso, disse ter conversado com a direção da escola e afirmou que um processo interno já está em andamento. A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Cinfães também informou que irá apurar o caso conforme previsto na legislação portuguesa.

Nívea relatou ainda ter procurado a polícia para registrar a ocorrência, destacando que o filho estava sob responsabilidade da escola no momento do fato. Ela afirma, porém, que o atendimento teria sido hostil, sobretudo após mencionar a possibilidade de racismo, já que seu filho é negro. Segundo seu relato, o policial teria interrompido a conversa de forma brusca, afirmando que não toleraria acusações de racismo ou xenofobia e reforçando a versão inicial da escola de que se tratava de um acidente.


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