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Operação desarticula informações privilegiadas e propinas em Criciúma

Segurança
Imagem: Banco de imagens Gaeco

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Operação desarticula informações privilegiadas e propinas em Criciúma

Outros municípios de SC estão envolvidos. Em Criciúma, um portal de notícias e dois perfis são investigados

Operação do Gaeco e da Corregedoria da Polícia Militar (PMSC) cumpriu 45 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira em Criciúma, Içara, Tubarão, Xanxerê e Chapecó. No foco, o vazamento de informações privilegiadas para uso jornalístico e para ganhos ilícitos junto a empresas das cidades citadas mais Florianópolis, São José, Blumenau, Caçador, Lages, Rio do Sul e Balneário Camboriú.

Os gestores de um portal e dois perfis de informações policiais de Criciúma estão arrolados. A investigação apurou que houve o vazamento de senhas de ao menos dois policiais militares. Essas senhas teriam sido hackeadas pelos envolvidos que, de posse delas, ingressavam nos sistemas internos da PM e ali captavam informações privilegiadas para abastecer seus canais de comunicação.

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Um dos envolvidos no vazamento das senhas trata-se de um ex-policial militar que recebia propina periódica pela manutenção do uso do acesso privilegiado ao sistema da PM.

Nenhum dos envolvidos é jornalista, embora exerçam funções atinentes à área. Houve cumprimentos de mandados de busca e apreensão contra os três. Um deles não se encontrava em casa, em Tubarão, mas depois o mesmo foi localizado em Criciúma. Seu telefone celular foi apreendido.

Outros dois desses envolvidos foram presos pois, no cumprimento dos mandados de busca e apreensão contra eles, os policiais localizaram, com ambos, munições de uso restrito da Polícia Militar. Um deles já está liberado.
Mas a investigação foi além.

Apurou que, além de usar do acesso via senhas hackeadas para obter informações privilegiadas para abastecer suas mídias, um deles ao menos operava um esquema paralelo de obtenção de recursos junto a associações seguradoras, ao menos 13 empresas das cidades por onde a operação passou.

Como funcionava o esquema

O esquema consistia no seguinte: o investigado, de posse da senha de uso interno da PM, checava informações de clientes das seguradoras e as repassava às mesmas, para que assim fossem montados os perfis dos clientes para a elaboração dos seguros e das apólices. Em troca, por intermédio de uma empresa de fachada em nome da esposa do investigado, havia o pagamento de propinas pelas seguradoras.

A Corregedoria da PM forneceu nota na noite passada sobre a operação:

NOTA À IMPRENSA

A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), na manhã desta terça-feira (22/10), deu cumprimento a mandados de busca e apreensão em desfavor de 14 (quatorze) investigados, nos municípios Criciúma/SC, Içara/SC, Tubarão/SC, Xanxerê/SC e Chapecó/SC.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Direito Militar, após manifestação favorável da 42ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, que acompanha o caso, e foram cumpridas por integrantes da Corregedoria-Geral da PMSC, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e da Polícia Científica (PCI).

Por se tratar de investigação ainda em curso, e de cunho sigiloso, no momento não serão divulgadas maiores informações, sob risco de prejudicar o andamento das apurações.

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