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Operação Namastê mira abusos em comunidade alternativa gaúcha de sexo livre

Segurança
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Operação Namastê mira abusos em comunidade alternativa gaúcha de sexo livre

Pacotes de imersão custavam entre R$ 8 mil e R$ 12 mil e prejuízo das vítimas é superior a R$ 4 milhões

A Operação Namastê foi deflagrada na manhã da última quarta-feira, 11, para cumprir mandado de busca e apreensão em uma comunidade alternativa, localizada bairro Cantagalo, no limite entre os municípios gaúchos de Porto Alegre e Viamão. A ação foi coordenada pela Polícia Civil, através da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão.

Na ação, foram apreendidos documentos, computadores, aparelhos celulares e máquinas de cartão, além de várias fotografias. Os suspeitos envolvidos são investigados pela prática de tortura psicológica, curandeirismo, estelionato e violações previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.

A comunidade também mantinha uma sede no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, onde eram vendidos pães e outros produtos, mas recentemente foi desativada.

De acordo com a Delegada Jeiselaure de Souza, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão, a investigação iniciou quando ex-integrantes da referida comunidade procuraram o Ministério Público para denunciar uma série de atos violentos praticados pelo líder do local.

Durante a investigação, várias vítimas foram ouvidas e informaram que procuravam a comunidade com o intuito de realizar as imersões e terapias bioenergéticas alternativas, meditações e outros rituais como a prática de sexo livre como processo terapêutico. Também houve denúncias de que crianças eram expostas às práticas do local.

Os pacotes de imersão custavam entre R$ 8 mil e R$ 12 mil e após decidirem morar no local, os integrantes pagavam uma mensalidade e participavam de outras diversas atividades, como a venda de pães, agendas e cadernos. Todas as atividades eram coordenadas pelo líder, com o pretexto de que seriam revertidas em prol da comunidade; no entanto, isso não ocorreu.

As vítimas ouvidas até o momento narraram que sofriam tortura psicológica, violência física e patrimonial, além de crimes financeiros, sempre coagidas pelo líder e alguns outros integrantes da seita que realizavam os tratamentos alternativos no local.

A investigação aponta que, principalmente após a pandemia, o líder exigiu que todos os integrantes fizessem empréstimos bancários de altíssimo valor e entregassem para a comunidade, porém desviou os valores e utilizou em proveito próprio, fazendo viagens luxuosas, investindo em suas empresas e também perdendo um alto valor em apostas online.

A estimativa é que o líder espiritual tenha obtido e desviado mais de R$ 20 milhões e utilizado em proveito próprio. Além disso, os integrantes estão com um prejuízo superior a R$ 4 milhões, em razão das dívidas contraídas após a pandemia.

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