Policiais militares são presos por suspeita de extorsão em hotel de luxo em Itapema

Dois PMs são presos em Itapema suspeitos de extorquir cerca de R$ 500 mil do estelionatário conhecido como “Lobo do Batel”

Vitor Wolff

Publicado em: 16 de dezembro de 2025

4 min.
Policiais militares são presos por suspeita de extorsão em hotel de luxo em Itapema - Foto: Reprodução/PMSC

Policiais militares são presos por suspeita de extorsão em hotel de luxo em Itapema - Foto: Reprodução/PMSC

Dois policiais militares foram presos em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, suspeitos de extorquir pelo menos US$ 100 mil, o equivalente a cerca de R$ 500 mil, do estelionatário José Osvaldo Dell’Agnolo, conhecido como “Lobo do Batel”. A suposta extorsão teria ocorrido durante uma abordagem policial realizada na manhã de sábado, 6 de dezembro de 2025, em um hotel de luxo da cidade.

Segundo informações encaminhadas à Justiça e obtidas pela reportagem da NDTV Record, os policiais teriam ido ao local após denúncia de que um homem estaria utilizando nome falso. A ocorrência foi registrada como averiguação de pessoa em atitude suspeita e Dell’Agnolo acabou liberado naquele momento. No entanto, conforme o auto de prisão, os agentes teriam deixado o hotel levando cerca de R$ 500 mil em reais e mais US$ 100 mil.

Pouco tempo depois, uma nova denúncia levou outros policiais militares ao hotel, quando foi constatado que havia um mandado de prisão em aberto contra Dell’Agnolo. Ele foi então detido com mais de R$ 5 milhões em espécie, entre reais e dólares.

Em depoimento, o estelionatário afirmou que estava dormindo quando os policiais entraram em seu quarto e teriam perguntado “quanto vale sua liberdade”. Segundo o relato, ele respondeu que pagaria R$ 500 mil e separou o dinheiro que estava em uma mala, além de entregar outras quantias em dólares.

Diante das informações, o comando da Polícia Militar interveio e ouviu os agentes envolvidos. Como as versões apresentadas foram consideradas incoerentes, os dois policiais foram presos em flagrante pelos crimes de concussão e prevaricação.

A Justiça manteve a prisão preventiva dos militares, entendendo que, em liberdade, eles poderiam interferir nas investigações. Entre os fatores considerados está o registro de que um dos policiais acessou um telefone celular após a detenção e interagiu em redes sociais sobre o caso.

Os policiais seguem custodiados no 31º Batalhão da Polícia Militar, em Itapema. Em nota, o batalhão confirmou que os agentes são investigados por concussão e prevaricação, e que o caso segue sob apuração.


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