Segurança
Quadrilha de furtos de caminhões é presa em SC
Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a operação “Cavalo Paraguaio”, com o apoio das delegacias de Pescaria Brava, Sangão e Capivari de Baixo

Por
Vitor Wolff
A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou na última quarta-feira (4) a operação “Cavalo Paraguaio”, com o apoio das delegacias de Pescaria Brava, Sangão e Capivari de Baixo. A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no furto, adulteração e envio de caminhões-tratores e semirreboques para o Paraguai. O nome da operação faz referência à forma de atuação do grupo, que utilizava caminhões-tratores (“cavalos mecânicos”) para atravessar a fronteira, buscar veículos furtados em SC e retornar ao país vizinho com eles.
As investigações apontam que membros do grupo, radicados em Santa Catarina, faziam levantamentos em postos e oficinas, repassando informações a comparsas paraguaios. A partir desses dados, eram organizados comboios para realizar os furtos. Após invadirem os locais-alvo, os criminosos acoplavam os caminhões aos semirreboques ou levavam os conjuntos completos, adulterando as placas para paraguaias durante o trajeto e removendo rastreadores.
Até o momento, foi confirmado o envolvimento da quadrilha no furto de pelo menos 15 caminhões e semirreboques, parte dos quais já foi recuperada, inclusive no interior do Paraguai, graças à atuação integrada das forças de segurança. A organização é considerada a mais ativa em Santa Catarina nesse tipo de crime, com estrutura interestadual e transnacional. O líder tem mais de 20 anos de histórico criminoso e responde a uma dúzia de inquéritos por delitos semelhantes.
Entre os integrantes, há um cidadão paraguaio com mandado de captura internacional incluído na Difusão Vermelha da Interpol, demonstrando o alcance global do grupo. A operação teve apoio da PRF, PF (inclusive sua representação no Paraguai), SENASP, CISPPA e da Polícia Civil do Paraná. Foram cumpridos 9 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em cidades de Santa Catarina e do Paraná. As investigações continuam para responsabilizar todos os envolvidos.