Santa Catarina
Santa Catarina registra primeira ocorrência de chuva preta
Fato foi confirmado em Maravilha, no Oeste catarinense
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Fato foi confirmado em Maravilha, no Oeste catarinense
Por
Matheus Machado
Maravilha, no Oeste, foi o primeiro município de Santa Catarina a registrar a chamada chuva preta. A cidade foi afetada pelo fenômeno causado pela presença de fuligem e cinzas na atmosfera, resultantes das queimadas que atingem o Centro-Norte do Brasil. A fumaça, que já vinha sendo observada em diferentes regiões do estado, se misturou com a precipitação, escurecendo a água da chuva.
A Central de Monitoramento da Defesa Civil de Santa Catarina já havia previsto o fenômeno, alertando sobre a possibilidade de chuva preta devido à alta concentração de fumaça e fuligem no ar.
O fenômeno pode se repetir em outras cidades catarinenses entre quinta (12), e sexta-feira (13). De acordo com o meteorologista chefe da Defesa Civil, Felipe Theodorovitz, a precipitação se deve em decorrência de uma frente fria que passa pelo estado. A chuva começou pelas áreas de divisa com o Rio Grande do Sul e a partir desta quinta e ao longo do fim de semana avança em direção às demais regiões do estado.
Os meteorologistas ainda destacam que a chuva preta não é visível em coloração escura caindo da atmosfera. O fenômeno é mais facilmente detectado ao tocar o solo.
A Defesa Civil orienta a população a tomar cuidados especiais diante dessa situação. “A chuva preta pode conter substâncias tóxicas e perigosas para a saúde, principalmente a respiratória. Recomendamos que as pessoas evitem o contato direto com a água da chuva, e que essa água não seja consumida”, destacou Felipe Theodorovitz.
Desde a previsão da ocorrência, a equipe de monitoramento da Secretaria da Proteção e Defesa Civil, em parceria com órgãos ambientais, tem acompanhado de perto a qualidade do ar e as condições meteorológicas em Santa Catarina.
A Defesa Civil também destaca que os catarinenses devem acompanhar as atualizações pelos canais oficiais, como o site e os aplicativos da Secretaria, que continuam emitindo alertas e orientações em tempo real. O fenômeno, apesar de atípico, reforça a importância da preparação e do monitoramento eficaz em eventos climáticos adversos.