Sócio de influenciador gaúcho preso por estelionato é capturado em Santa Catarina
Esquema fraudulento alcançou receita de mais de R$ 5 milhões e lesou mais de 300 pessoas
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu nesta segunda-feira, 22, Anderson Boneti, sócio de Dilson Alves da Silva Neto, popularmente conhecido como “Nego Di”. Ele é investigado por suposto envolvimento em um esquema que usava uma loja virtual para aplicar golpes e estava foragido por estelionato.
Boneti foi preso em Bombinhas, no litoral catarinense. Ele será conduzido para o Rio Grande do Sul. Segundo as investigações da Polícia Civil gaúcha, Nego Di vendia produtos da loja virtual “Tadizuera”, em esquema que teria Anderson Boneti como autor intelectual. A fraude alcançou receita de mais de R$ 5 milhões na conta da empresa.
Nego Di e Anderson Bonetti são investigados por 370 crimes de estelionato e devem ser indiciados pela polícia. A investigação aponta que eles aplicaram um golpe com produtos fantasmas — ou seja, que não existiam de fato — a centenas de pessoas. A fama de Dilson foi crucial para atrair potenciais vítimas, segundo os investigadores.
Em um dos vídeos recuperados na investigação, é possível ver a apresentação do sistema de e-commerce narrada pelo próprio Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di. “Estou aqui na minha central de controle, vamos lá, nas vendas, ver como está. Saiu uma há pouco, às 20h15, a compra 4933 saiu lá para o Central Park… Teve uma que saiu para Bernabé, Santa Catarina, Goiânia, puts, o Brasil inteiro, cara. Eu só tenho a agradecer para vocês. Tá vendendo pouco”, comenta o influenciador nas redes.
No início deste mês, Nego Di foi preso em Florianópolis. A prisão aconteceu dois dias após ele se tornar alvo, junto a sua esposa, Gabriela Sousa, de uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. O casal é suspeito de lavagem de cerca de R$ 2 milhões e fraude.
Na ocasião, a Justiça também expediu um mandado de prisão para Boneti. Em fevereiro do ano passado, ele chegou a ser preso na Paraíba pelo mesmo crime, mas foi solto poucos dias depois.