Social
Retirada dos trilhos do Pinheirinho é ‘economicamente inviável’, diz Salvaro
Realocar famílias que moram às margens da via férrea é uma possibilidade avaliada
Ocasionalmente presente nas pautas da Câmara de Vereadores de Criciúma, a retirada dos trilhos de trem do bairro Pinheirinho é considerada “economicamente inviável” pelo prefeito Clésio Salvaro (PSD).
Quando levantado no legislativo criciumense, o tema surge acompanhado do objetivo de minimizar problemas sociais e de segurança pública que envolvem as famílias que moram às margens daquele local. O assunto já chegou ao conhecimento do Executivo, mas a retirada dos trilhos está, de certa forma, descartada.
“Se fala muito em período eleitoral de retirar os trilhos do Pinheirinho. Isto é tecnicamente, economicamente e financeiramente inviável. Politicamente, isso rende apenas para angariar votos. Enquanto tiver carvão, o trilho vai continuar no Pinheirinho. Não há outra alternativa”, declarou o prefeito de Criciúma, em entrevista a Rádio Cidade em Dia.
Salvaro diz vislumbrar uma outra alternativa para combater os problemas socioeconômicos que envolvem as famílias que moram às margens do trilho: retirá-las daquele local, alocando-as em um espaço mais adequado.
“A alternativa que tem é de retirar, na faixa de domínio da Ferrovia, as casas que estão ocupadas de forma indevida. O assunto já está na ANTT [Agência Nacional de Trânsito e Transportes], com um estudo que aponta que cerca de 270 casas precisam ser resolvidas”, pontuou o prefeito.
Na Câmara de Vereadores, quem levantou esse assunto em 2024 foi o vereador Miri Dagostin (PP). O parlamentar ressalta que uma reunião já foi realizada com a diretoria da Ferrovia Tereza Cristina (FTC), com o deputado estadual Pepe Collaço (PP) e com o próprio prefeito Salvaro. No entanto, seria necessário atualizar o estudo que envolve as famílias localizadas no Pinheirinho.
“Acreditamos que esse é o pontapé inicial. Poder público, legislativo, universidade, deputados e senadores, todos juntos para fazer com que o Pinheirinho possa sair dessa situação que está vivendo hoje”, afirmou Miri.