Santa Catarina registrou alagamentos em várias regiões na manhã desta terça-feira (9), com acumulados de chuva que superaram o volume esperado para todo o mês de dezembro na Grande Florianópolis. A passagem de um ciclone extratropical pelo Sul do país provocou forte instabilidade, enxurradas e três mortes confirmadas: um casal e um bebê de cinco meses que foram levados pela força da água em Palhoça.
A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SPDC/SC) segue monitorando os impactos do ciclone e consolidando os levantamentos junto aos municípios. Nas primeiras horas da manhã, a chuva persistente atingiu principalmente o Litoral, com destaque para os acumulados em seis horas:
- Santo Amaro da Imperatriz: 146 mm
- Palhoça: 130 mm
- Biguaçu: 111 mm
- Florianópolis: quase 90 mm
Os números ultrapassam a média histórica de dezembro na região, estimada em cerca de 130 mm.
As forças de segurança seguem mobilizadas para atendimentos, isolamento de áreas alagadas e orientação a motoristas nas vias afetadas. No Oeste, os temporais ocorreram de forma isolada, causando alagamentos e destelhamentos.
A instabilidade deve persistir ao longo da tarde desta terça-feira, com diminuição gradual da chuva a partir da noite, conforme o sistema avança para outras regiões do país.
Na quarta-feira (10), o ciclone estará em alto-mar, porém ainda próximo da costa. Com isso, apesar da redução da chuva, o risco de ventos fortes aumenta, com rajadas entre 60 e 80 km/h do Meio-Oeste ao Litoral e picos de até 100 km/h em áreas serranas próximas ao mar.
Também há risco de ressaca entre quarta e quinta-feira (11), com ondas variando entre:
- 2,0 m no Litoral Norte e Baixo Vale do Itajaí
- 2,0 m a 3,0 m na Grande Florianópolis
- 3,0 m a 4,0 m no Litoral Sul, com picos maiores em alto-mar
A Defesa Civil reforça que a população deve evitar áreas alagadas, manter atenção às condições de vento e acompanhar os boletins oficiais.
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