A fumaça proveniente das queimadas nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil está se espalhando por vários estados, incluindo Santa Catarina. Meteorologistas da Epagri/Ciram alertam que os ventos predominantes de direção norte estão contribuindo para o transporte da fumaça em direção ao Sul do país, afetando também países vizinhos, como Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.
A presença de uma massa de ar quente e seco, que domina grande parte do território brasileiro, está elevando as temperaturas e diminuindo a umidade do ar, o que agrava a concentração de fumaça na atmosfera. “Essa situação não apenas aumenta a poluição do ar, mas também pode provocar problemas de saúde para a população”, destacam os meteorologistas Marcelo Martins e Laura Rodrigues.
Uma mudança no padrão dos ventos ou a chegada de chuvas mais intensas podem ajudar a reduzir a dispersão da fumaça em Santa Catarina. Essas mudanças climáticas podem ocorrer já nesta sexta-feira (13), com a passagem de uma nova frente fria, oferecendo esperança de alívio para a população.
A espessa camada de fumaça representa um risco à saúde, prejudicando a qualidade do ar e causando desconfortos como ardência nos olhos, garganta seca e agravamento de problemas respiratórios. “É essencial que a população redobre os cuidados com a hidratação, especialmente para os grupos mais vulneráveis”, alertam os especialistas.
No Litoral de Santa Catarina, a situação é ainda mais complicada, já que a fumaça se combina com a redução da visibilidade causada pelos nevoeiros marítimos, um fenômeno relacionado à presença da massa de ar quente.
A Epagri/Ciram continua monitorando a situação e recomenda que a população adote precauções, especialmente nos dias em que a concentração de fumaça estiver mais alta.
