Comissão cobra a retomada das obras de duplicação da SC-108

Uma mobilização liderada por uma comissão de vereadores da região busca a retomada das obras de duplicação da SC-108, que conecta Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga. O vereador Zairo Casagrande, integrante da comissão, destacou a importância de protocolos adequados para o início das obras e a necessidade de licenças ambientais e desapropriações prévias.

Em entrevista ao programa Em Dia Com a Cidade, da Rádio Cidade em Dia, Zairo anunciou que um projeto de lei será protocolado nesta semana na Câmara de Vereadores de Criciúma. “Não podemos continuar com essa situação. Chega dessa bagunça, dessa coisa absurda de lançar a obra sem ter o mínimo de condição”, afirmou Zairo, ressaltando que a iniciativa é uma tentativa de organizar o fluxo das obras na região.

O vereador também relatou que a comissão planejava realizar uma audiência com os deputados da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Antídio Lunelli. Contudo, a audiência foi adiada devido ao “recesso branco” da Assembleia, que limita a atuação dos deputados até 10 de setembro. “É inaceitável que essa audiência não possa acontecer. O recesso acabou em julho e a população não pode esperar”, criticou Zairo.

Uma novidade mencionada por Zairo é a demarcação de terrenos na linha espanhola, em Cocal do Sul, indicando um possível avanço nas desapropriações. “Estamos acompanhando mais de perto essa situação. É um bom sinal, mas ainda é necessário ver se as desapropriações estão sendo pagas. Queremos máquinas, queremos homens trabalhando na SC-108”, declarou.

O vereador enfatizou que a duplicação da SC-108 é essencial para o desenvolvimento da região. “Essa obra é muito complexa e caríssima, uma grande via rápida que vai impulsionar o crescimento de Urussanga, Orleans, São Ludgero, Lauro Müller e Cocal do Sul. Se não fizermos nada, ela não vai existir”, concluiu.

Com a intenção de envolver outras câmaras municipais, a comissão buscará protocolar projetos semelhantes nas Câmaras de Urussanga e Cocal do Sul. “É fundamental que, no perímetro de cada município, ninguém possa iniciar uma obra sem ter as licenças ambientais e as desapropriações realizadas. Esse projeto é a garantia de que as coisas serão feitas de forma correta”, finalizou Zairo.

A pressão pela duplicação da SC-108 reflete a necessidade de infraestrutura adequada para fomentar o crescimento das cidades envolvidas, garantindo que as obras tenham um andamento normal, sem a confusão que tem marcado o início dos trabalhos na via.