Trânsito
Fiesc sugere incluir obras na repactuação da BR-101 Norte
A Fiesc propõe medidas adicionais para garantir a segurança e nível adequado de serviço nas BRs 101 Norte e 116 em Santa Catarina
Por
Vinícius Barbosa
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) apresentou uma proposta para melhorar a segurança e solucionar os principais gargalos nas BRs 101 Norte e 116, em trechos que passam pelo estado. A Fiesc apoia a repactuação e extensão da concessão da BR-101 Norte, conforme sugerido pelo Ministério dos Transportes, mas um estudo técnico solicitado pela entidade aponta que os investimentos propostos não são suficientes para garantir um nível adequado de serviço e segurança.
Segundo o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, a renovação do contrato é uma solução viável, mas precisa de ajustes: “As melhorias previstas não atendem completamente às necessidades da população.” Ele enfatiza a importância de incluir medidas adicionais que garantam maior segurança e qualidade de tráfego.
De acordo com o estudo, as obras propostas não serão suficientes para suportar o aumento do tráfego até 2048, o que poderá resultar no nível de serviço “F”, o mais crítico, em diversos trechos da BR-101 Norte. Esse cenário causaria prejuízos estimados em R$ 155,7 bilhões aos usuários entre 2033 e 2047, devido a custos com combustível, tempo de viagem, acidentes e congestionamentos.
Além disso, o engenheiro de tráfego Lucas Trindade, que liderou o estudo, apontou que o custo adicional em congestionamentos seria de R$ 32 bilhões ao longo do período, com um aumento significativo nas emissões de poluentes.
Propostas da Fiesc para a melhoria das rodovias
Para evitar esses problemas, a Fiesc sugere a implementação de obras adicionais, como terceiras faixas, vias laterais, melhorias em entroncamentos e pontes. A entidade também propõe a adoção de pedágio por quilômetro rodado (free flow) e pedágio variável, além de inovações tecnológicas para melhorar a segurança, como sistemas de inteligência de tráfego.
A Fiesc também sugere o uso de motolâncias para atendimentos médicos rápidos e a construção de uma rodovia paralela ao litoral catarinense. O consultor da Fiesc, Ricardo Saporiti, destacou a importância de licitar o trecho de 44 km que ligará essa nova rodovia ao contorno viário da Grande Florianópolis.