A temporada 2024/2025 de cruzeiros consolidou o turismo náutico como uma das engrenagens mais potentes da economia brasileira. Foram R$ 5,43 bilhões movimentados, alta de 3,8% em relação ao ciclo anterior, e 838 mil cruzeiristas embarcados em experiências que transformaram cada R$ 1 investido gasto em cruzeiros em R$ 4,05 para a economia nacional. Os dados foram divulgados nessa quarta-feira (03), durante o 7º Fórum CLIA Brasil 2025, em Brasília.
A secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, que participou da abertura do evento representando a Pasta, destaca o potencial do Brasil para o turismo náutico.
“O Brasil tem tudo para ser uma potência do turismo náutico mundial. Temos sol, mar, diversidade e hospitalidade. Vivemos hoje um momento histórico para o turismo nacional, com números recordes e geração de empregos. Nosso desafio agora é investir em infraestrutura e qualificação, para transformar esse potencial em legado e garantir serviços cada vez mais qualificados, mantendo o setor em rota de crescimento”, destaca.
O desempenho foi puxado por R$ 2,95 bilhões gerados diretamente pelas companhias marítimas (+5,5%) e outros R$ 2,48 bilhões gastos por cruzeiristas e tripulantes (+3,7%). Só em tributos, a temporada injetou R$ 577,4 milhões nos cofres públicos, somando União, estados e municípios. Os dados fazem parte do Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil, elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a CLIA Brasil.
De novembro a abril, nove navios cortaram as águas brasileiras e sul-americanas, levando turistas a destinos icônicos como Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, Itajaí e Paranaguá, além de escalas em cidades turísticas como Angra dos Reis, Búzios, Balneário Camboriú, Fortaleza, Ilhabela, Ilhéus, Porto Belo e Recife. Fora do Brasil, Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este também entraram na rota.
“A temporada 2024/2025 trouxe resultados econômicos importantes e milhares de empregos gerados em todo o país. O setor de cruzeiros movimenta comunidades inteiras e gera benefícios reais e concretos para a economia. Agora, nosso desafio é avançar juntos, setores público e privados, para que esse potencial seja plenamente aproveitado em nosso país e possa avançar cada vez mais”, afirma Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil
Empregos em Terra Firme
A temporada criou 84,6 mil postos de trabalho (+5,3%), sendo 1.617 para tripulantes e 82.985 empregos diretos, indiretos e induzidos em setores como turismo, hotelaria, comércio, alimentação, transporte e serviços. O impacto médio por passageiro foi de R$ 709,47 nas cidades de escala e R$ 918,15 nas cidades de embarque e desembarque — um fôlego significativo para as economias locais.
Pela primeira vez, o levantamento incluiu os 29 navios de longo curso que aportaram no Brasil em roteiros internacionais. Eles sozinhos acrescentaram R$ 583,9 milhões à economia, criaram 9,1 mil empregos e garantiram R$ 62,1 milhões em tributos.
Somados os cruzeiros de cabotagem e os de passagem, o impacto total da temporada alcançou R$ 6 bilhões, com a geração de 93,7 mil empregos. Um resultado que reafirma: os cruzeiros não apenas encantam viajantes, mas também fazem a economia navegar em águas cada vez mais prósperas.