O Brasil conclui, nessa terça-feira (30), um marco histórico na comunicação: o desligamento total do sinal analógico de televisão, presente nos lares brasileiros há mais de 75 anos. Com isso, o país finaliza oficialmente a migração para o sinal digital, encerrando um processo de transição que durou quase duas décadas.
Desde a inauguração da TV Tupi, em São Paulo, em 18 de setembro de 1950, a TV analógica foi protagonista na vida dos brasileiros, levando informação, educação, cultura, entretenimento e prestação de serviços a milhões de pessoas. O fim dessa tecnologia simboliza também o início de uma nova fase da TV aberta no país.
Transição planejada e sem prejuízos à população
Segundo o secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Wilson Diniz Wellisch, a transição foi longa porque levou em conta as diferenças técnicas, sociais, econômicas e regionais do Brasil.
“O objetivo sempre foi garantir que ninguém fosse prejudicado. A TV é o principal meio de comunicação do brasileiro, e era fundamental assegurar que nenhuma região ficasse sem cobertura”, afirmou.
Ele explicou que a mesma lógica será aplicada à implantação da TV 3.0, que ocorrerá de forma gradual, com convivência entre os sistemas, garantindo acesso contínuo à TV aberta em todo o país.
Adiamento no Rio Grande do Sul
Em razão dos eventos climáticos extremos registrados em abril e maio de 2024, o desligamento do sinal analógico no Rio Grande do Sul foi prorrogado pelo Ministério das Comunicações.
O adiamento contemplou 74 municípios e teve como novo prazo final esta terça-feira (30 de dezembro). Com isso, o Brasil conclui oficialmente o encerramento das transmissões analógicas em todo o território nacional.
O que muda com a chegada da TV 3.0
O desligamento do sinal analógico também abre caminho para a TV 3.0, considerada a maior revolução da televisão aberta desde a digitalização. O novo padrão une radiodifusão e internet, com um sistema totalmente baseado em aplicativos, substituindo o modelo tradicional de canais numéricos.
A implantação será gradual e começará pelas grandes capitais. Entre os principais avanços estão:
- Experiência interativa e personalizada, com conteúdos ao vivo e sob demanda;
- Integração com serviços públicos digitais e participação social;
- Qualidade de imagem superior, com transmissões em 4K e 8K, HDR e cores mais vivas;
- Som imersivo, com padrão de cinema;
- Recursos avançados de acessibilidade.
“A TV 3.0 é imagem de cinema, som de cinema e infinitas possibilidades. É o telespectador no comando, com mais opções de interação e integração com a internet”, destacou Wilson Wellisch.
Convivência entre sistemas
Quem ainda não tiver acesso à TV 3.0 continuará assistindo normalmente à programação pelo sinal digital atual. Assim como ocorreu na transição do analógico para o digital, os dois sistemas irão funcionar simultaneamente por um período.
Com o fim definitivo do sinal analógico, o Brasil encerra um capítulo histórico da televisão aberta e inicia uma nova era, marcada por conectividade, interatividade e inovação tecnológica, que promete transformar a experiência de assistir TV no país.
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