Durante décadas, o modo correto de posicionar o papel higiênico no suporte dividiu opiniões e alimentou discussões dentro de casas no mundo inteiro. A questão, porém, já havia sido respondida há mais de um século: uma patente registrada em 1891 definiu oficialmente como o rolo deveria ser utilizado.
A disputa que atravessou gerações
O debate se concentra em duas posições: a folha do rolo virada “por cima” ou “por baixo”. Defensores do primeiro modelo afirmam que ele facilita encontrar a ponta, evita contato com a parede e reduz o risco de contaminação. Já quem prefere o modelo “por baixo” sustenta que ele é mais discreto e impede que animais de estimação ou crianças desenrolem todo o papel.
A patente que solucionou a controvérsia
Em 2015, uma imagem resgatada do arquivo do Google Patentes reacendeu a discussão. O documento mostrava o registro feito em 1891 por Seth Wheeler, inventor do papel higiênico perfurado. Nele, diagramas detalham claramente a forma correta de uso: o papel deve desenrolar pela parte superior do rolo.
Wheeler buscava eficiência. Seu projeto permitia o uso em suportes simples, evitando desperdício e facilitando o rasgo das folhas, justamente porque o papel caía pela frente.
Ciência também aponta para o lado “certo”
Razões higiênicas reforçam a posição defendida por Wheeler. Segundo o Dr. Christian Moro, professor de ciências da saúde na Universidade Bond, posicionar o papel “por cima” reduz o risco de toque na parede, que pode conter vírus e bactérias como E. coli, estreptococos e estafilococos.
O contato com superfícies contaminadas em banheiros é um dos principais fatores de transmissão de doenças comuns, reforçando a importância dessa orientação aparentemente simples.
O papel higiênico sob novas discussões
Além da forma de uso, o próprio papel higiênico tem sido alvo de debates recentes. O The New York Times destacou que, embora tenha representado uma evolução quando surgiu, sua permanência está mais ligada a fatores culturais do que à eficiência sanitária.
A pandemia de Covid-19 reacendeu o tema, quando a busca por papel higiênico se tornou símbolo de insegurança coletiva. Especialistas lembram, porém, que o material não garante limpeza completa e pode até causar irritações ou facilitar a transmissão de patógenos.
Alternativas mais higiênicas
Muitos especialistas defendem o uso de água — por meio de bidês ou vasos sanitários com jatos — como solução mais eficiente e saudável. Países como o Japão adotam essa prática amplamente, enquanto no Ocidente a resistência ainda é cultural.
Já os lenços umedecidos, utilizados como alternativa por algumas pessoas, trazem problemas ambientais, principalmente por provocarem entupimentos em sistemas de esgoto.
Uma resposta histórica para um debate cotidiano
Com base no projeto original de Wheeler, somado às evidências científicas atuais, a posição correta do papel higiênico é clara: a folha deve ficar virada para a frente. A orientação, registrada há mais de 130 anos, encerra uma das discussões mais persistentes da vida doméstica — ao menos sob o ponto de vista do inventor.
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