Denis Luciano
Segue necessário defender o óbvio: vacinas
Câmara fez audiência pública para debater a obrigatoriedade das vacinas. Renato Matos fez o contraponto único da noite
A Câmara de Criciúma realizou, na noite desta quarta-feira, uma audiência pública para discutir a obrigatoriedade das vacinas em crianças. O vereador Ademir Honorato (PL), enquanto um dos proponentes, até se esforçou no discurso do “somos a favor da vacina, mas contra a obrigatoriedade”, mas ficou evidente que o ambiente no espaço da audiência, na Acic, era predominantemente de questionamento e dúvidas à imunização, em especial contra a Covid-19.
O vereador Luiz Fontana (PL), que é médico e fez um trabalho grandioso no Centro de Recuperação Pós-Covid, que por bom tempo operou no Hospital do Rio Maina, também opinou contra o caráter obrigatório das vacinas.
A argumentação segue aquela linha de usar fontes duvidosas e de mencionar casos de óbitos que, claro, todos lamentamos, mas que insistem em atribuir à vacina. A deputada federal Júlia Zanatta (PL), que apresentou dois projetos à Câmara Federal com teor semelhante, também marcou presença. Em uma das pautas, ela sugere o fim da obrigatoriedade. Em outra, aponta para a não imposição de um calendário vacinal.
Por sorte, o evento teve a participação do pneumologista Renato Matos, que foi convidado pelo vereador Ademir. Foi o contraponto único da noite. Passou muito trabalho. Ouviu afirmações lamentáveis, mas resistiu bravamente e cumpriu o papel de um verdadeiro cientista em meio da grave pandemia de desinformação que vivemos.
Recebo o dr Renato nesta quinta, 7h30, na Cidade em Dia.
Abaixo, o link com a transmissão na íntegra da audiência.