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Serra bloqueada e a prova: o Sul com poucas saídas

Denis Luciano
Sc 390

Denis Luciano

Serra bloqueada e a prova: o Sul com poucas saídas

Um acidente bloqueia desde a manhã deste domingo a SC-390. Se acontecer algo no Morro dos Cavalos, estaremos isolados

O tombamento de um caminhão que carregava caixas de leite condensado tornou o domingo caótico na Serra do Rio do Rastro. Com o acidente, com duas vítimas feridas na altura do quilômetro 409, a SC-390 está bloqueada pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) desde pouco depois das 7h deste domingo, sem previsão de reabertura.

Muita gente aguarda na parte superior, em Bom Jardim da Serra, para descer em direção a Lauro Müller. Esse incidente prova o quanto o nosso Sul catarinense é deficiente em alternativas de infraestrutura viária.

Claro que ali trata-se de uma região serrana, onde não tem como haver uma opção próxima e viável. O acesso mais próximo em direção ao Sul, por território catarinense, seria via Urubici, na Serra do Corvo Branco, que está em obras. Tanto que a conexão orientada pelas autoridades é via BR-282, até Florianópolis. Uma viagem e tanto.

Mas isso nos remete ao problema maior, de um Sul que já esteve sitiado. Lembro de uma vez, não tão distante, em que havia bloqueio no Morro dos Cavalos, gelo da serra e, para chegar ao Sul, só pelas precárias rodovias estaduais que ligam a Grande Florianópolis ao Sul. E é em relação a estas que Santa Catarina falha.

O governador Jorginho Mello (PL), tão pródigo em tratar de “estradas boas”, bem como todos os seus antecessores precisam ser incluídos nessa conta da responsabilidade (ou irresponsabilidade). Com tanta riqueza que tem, Santa Catarina não consegue viabilizar rotas alternativas para integrar o Sul ao resto do país?

Lá estão, como monumentos à vergonha estadual, a SC-108 em Anitápolis e a SC-435 em São Martinho sem soluções, no chão batido, com buracos, riscos e sem condições de receber um tráfego mediano que seja. No auge do desespero dos bloqueios no Morro dos Cavalos, elas são as precárias opções que temos.

Enquanto isso, nossos governantes brigam pela rede social. Que não esqueçamos disso, que os pesados impostos que pagamos dia e noite financiam picuinhas na internet mas não trazem as soluções viárias tão necessárias para que tenhamos o mínimo para nos desenvolver. E não ficar na dependência da sorte, como estamos mais uma vez.

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