Polícia investiga propina em obras de Florianópolis
Operação Mão Grande II cumpre mandados na Prefeitura e em Palhoça por supostas fraudes em licenciamento

A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou nesta quarta-feira (25) a segunda fase da Operação Mão Grande II, com foco em um suposto esquema de pagamento de propina para liberação irregular de obras em Florianópolis. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da prefeitura, em imóveis da capital e em Palhoça.
A operação investiga o uso de acesso privilegiado a sistemas administrativos municipais para favorecer construtoras em troca de vantagens financeiras. Foram apreendidos celulares, documentos e cerca de R$ 12 mil em espécie, que serão analisados quanto à origem.
A ação é conduzida pela Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (DECOR/DEIC) e dá continuidade a apurações iniciadas em 2024, quando um servidor da Floram foi preso em flagrante recebendo propina para evitar a demolição de uma construção irregular. Ele foi condenado a quatro anos de prisão em regime semiaberto.
Em nota, a Prefeitura de Florianópolis afirmou que os servidores envolvidos já foram exonerados e que colabora integralmente com as investigações. A operação mira também possíveis crimes contra a administração pública, como corrupção passiva e ativa, associação criminosa e falsidade ideológica.
Segundo a Polícia Civil, novas fases não estão descartadas e a análise do material recolhido pode revelar outros envolvidos no esquema, que fragiliza os mecanismos de controle urbano e ambiental na Grande Florianópolis.