Nova diretriz reduz meta de controle da pressão arterial no Brasil

Meta passa a ser abaixo de 13 por 8 para todos os pacientes hipertensos, independentemente da idade ou presença de outras doenças

Joca Baggio

Publicado em: 19 de setembro de 2025

5 min.
Nova diretriz reduz meta de controle da pressão arterial no Brasil - Foto: Freepik / Imagem ilustrativa

Nova diretriz reduz meta de controle da pressão arterial no Brasil - Foto: Freepik / Imagem ilustrativa

A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025 trouxe mudanças importantes no tratamento da pressão alta. A partir de agora, a recomendação é que todos os pacientes hipertensos mantenham os níveis abaixo de 130/80 mmHg (13 por 8), independentemente da idade, do sexo ou de outras condições de saúde.

Segundo especialistas, a meta mais rigorosa busca reduzir complicações graves como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. O parâmetro anterior permitia valores mais elevados em alguns grupos, como idosos.

Por que a mudança foi adotada

Estudos recentes, entre eles uma análise publicada na revista científica The Lancet, demonstram que o controle mais intensivo da pressão arterial diminui o risco de eventos cardiovasculares e pode reduzir o número de mortes relacionadas ao coração.

A pesquisa avaliou dados de mais de 80 mil pacientes e apontou que manter a pressão mais baixa reduziu em 1,73% o risco de infarto e AVC. Para o cardiologista Luiz Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do InCor, “valores mais baixos estão associados a menor risco de eventos cardíacos”.

Quem deve ter atenção redobrada

De acordo com a nova diretriz, a meta de 130/80 mmHg vale para todos os pacientes com hipertensão arterial. No entanto, médicos destacam que alguns grupos podem se beneficiar ainda mais do controle rigoroso:

  • Jovens com maior risco cardiovascular;
  • Pacientes com aumento da massa cardíaca;
  • Pessoas que já apresentam lesões nos rins;
  • Indivíduos com histórico de infarto ou AVC.

A cardiologista Sheyla Ferro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), reforça que o tratamento deve ser sempre individualizado: “É preciso considerar idade, doenças associadas e fatores de risco”.

Riscos do tratamento intensivo

Embora os benefícios superem os riscos, a pesquisa também observou efeitos colaterais em pacientes com controle mais rigoroso da pressão. Entre eles estão:

  • Alterações na função renal;
  • Episódios de pressão baixa (hipotensão);
  • Desmaios e quedas;
  • Arritmias cardíacas.

Nesses casos, médicos recomendam monitoramento frequente da função renal e hidratação adequada, além de evitar o uso de anti-inflamatórios.

Como manter a pressão sob controle

O tratamento da hipertensão deve combinar medicamentos com mudanças de estilo de vida. Médicos destacam quatro pontos principais:

  1. Reduzir o consumo de sal e alimentos ricos em sódio.
  2. Praticar atividades físicas regularmente.
  3. Controlar o peso corporal.
  4. Administrar o estresse e cuidar da saúde mental.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, não existem fórmulas ou dietas milagrosas. A hipertensão é uma doença crônica e deve ser acompanhada durante toda a vida.


Meta descrição (SEO): Nova diretriz reduz meta da pressão arterial para 13 por 8 em todos os hipertensos; mudança busca prevenir infarto e AVC.


FIQUE BEM INFORMADO:
📲 Fique por dentro do que acontece em Santa Catarina!
Entre agora no nosso canal no WhatsApp e receba as principais notícias direto no seu celular.
👉 Clique aqui e acompanhe.



× SCTODODIA Rádios