CDL Araranguá rejeita possível aumento do pedágio na BR-101 Sul e apoia mobilização da ACIVA

Entidade rejeita que a obra no Morro dos Cavalos resulte em aumento das tarifas de pedágio no Trecho Sul da BR-101.

Redação

Publicado em: 4 de dezembro de 2025

5 min.
CDL Araranguá rejeita possível aumento do pedágio na BR-101 Sul e apoia mobilização da ACIVA. - Foto: Jonatã Rocha

CDL Araranguá rejeita possível aumento do pedágio na BR-101 Sul e apoia mobilização da ACIVA. - Foto: Jonatã Rocha

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Araranguá (CDL) anunciou posição contrária ao possível aumento das tarifas de pedágio no Trecho Sul da BR-101, proposta que vem sendo discutida diante da necessidade de financiamento da obra do túnel no Morro dos Cavalos, na região de Palhoça. A entidade declarou apoio formal à mobilização liderada pela Associação Empresarial de Araranguá (ACIVA), que também critica a transferência dos custos para motoristas e empresas situados longe da área beneficiada.

Segundo a CDL, a região do Extremo Sul já enfrenta desafios logísticos significativos e não pode arcar com um reajuste considerado desproporcional. Para a entidade, elevar o valor das tarifas impactaria diretamente o custo de vida, a competitividade do setor produtivo, o turismo e o desenvolvimento econômico regional, penalizando municípios com menor capacidade financeira.

A instituição afirma não ser contrária à obra no Morro dos Cavalos, considerada importante para Santa Catarina, mas discorda que seu financiamento recaia sobre usuários que não têm relação direta com o trecho onde o túnel será construído.

Pontos defendidos pela CDL Araranguá

A entidade elenca três diretrizes principais para a discussão sobre o tema:

  1. Atuação contra qualquer aumento nas tarifas de pedágio do Trecho Sul, garantindo justiça tarifária e equilíbrio econômico.
  2. Defesa da ampliação do prazo de concessão da operadora da BR-101, como alternativa para viabilizar o investimento sem repasses ao Extremo Sul.
  3. Caso haja reajuste inevitável, que ele seja restrito à praça de Paulo Lopes/Palhoça, diretamente vinculada à obra.

A CDL reforça que acompanhará os debates junto aos órgãos competentes e seguirá unida às demais entidades do Extremo Sul para evitar que custos alheios à região comprometam sua competitividade.

Reação empresarial já repercute na região

A discussão ganhou força após empresários da região manifestarem preocupação com estimativas de que a tarifa atual — hoje em R$ 2,40 por praça — possa chegar a R$ 5 ou até R$ 8 caso a obra seja custeada via pedágio. A ACIVA argumenta que municípios mais pobres, como Maracajá e Passo de Torres, seriam os mais prejudicados, pois dependem diariamente da BR-101 para deslocamentos essenciais.

A instituição também defende que, caso não haja financiamento público, a Arteris — concessionária responsável pelo trecho onde está o Morro dos Cavalos — arque com os custos por meio de prorrogação contratual ou reajuste tarifário apenas no trecho Norte.

O debate segue em andamento, com expectativa de novas reuniões e posicionamentos de entidades regionais, do setor produtivo e de órgãos federais responsáveis pela concessão.


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