A mobilização nacional convocada por representantes de caminhoneiros para esta quinta-feira (4) teve baixa adesão em todo o país. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não houve registro de bloqueios ou paralisações formalmente comunicadas nas rodovias federais ao longo da manhã.
A corporação destacou que qualquer evento capaz de interferir na circulação de veículos e pedestres precisa de autorização prévia, conforme o Artigo 95 do Código de Trânsito Brasileiro. Em nota, a PRF informou que segue com o trabalho de rotina, monitorando os 75 mil quilômetros de rodovias federais e observando eventuais situações atípicas.
Convocação ocorreu por redes sociais
A convocação para a paralisação foi feita nos últimos dias pela União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC). O presidente da entidade, Chicão Caminhoneiro, esteve em Brasília na terça-feira (2) para protocolar na Presidência da República uma pauta de reivindicações do setor, acompanhada da divulgação da greve nacional.
Entre as demandas listadas estão a atualização do piso mínimo do frete, o congelamento das dívidas da categoria e a criação de uma aposentadoria especial para caminhoneiros após 25 anos de atividade.
Desmobilização e divisão interna
Apesar do chamado, a adesão foi considerada baixa por representantes da categoria. Entidades de caminhoneiros se manifestaram contra a iniciativa, alegando que a convocação ganhou contornos políticos e não representava consenso.
O deputado federal Zé Trovão (PL-SC), uma das principais lideranças do setor no Congresso Nacional, também rejeitou a paralisação, afirmando tratar-se de uma tentativa de uso eleitoral da categoria.
Apoio externo gerou críticas
A presença do desembargador aposentado Sebastião Coelho no ato de entrega das reivindicações reforçou a percepção de politização do movimento. Dias antes, Coelho havia publicado vídeo convocando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro para uma paralisação geral em defesa de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” para investigados pelos atos de 8 de janeiro.
Enquanto Chicão orientava respeito às leis e ao direito de ir e vir, outras lideranças divergiam quanto aos objetivos da movimentação. Essa fragmentação interna contribuiu para o esvaziamento da greve.
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