Nesta segunda-feira, faltam 300 dias para a eleição do ano que vem. Para atualizar o cenário, fizemos uma ronda pelos partidos políticos brasileiros e apuramos que há chances de até 16 concorrerem à presidência.
A indicação do senador Flávio Bolsonaro por seu pai, o ex-presidente Jair, como o nome do PL para a eleição presidencial, sacode o noticiário desde sexta-feira. E tende a nutrir uma nova eleição polarizada, já que o presidente Lula da Silva (PT) é candidatíssimo.
Com Flávio do outro lado, e Tarcísio de Freitas (Republicanos) imbatível para a reeleição ao Governo de São Paulo, Lula deve optar por repetir a dobradinha com Geraldo Alckmin (PSB). Enquanto isso, União Brasil e PP já se alinham para tentar indicar um vice para Flávio Bolsonaro, embora as curvas de seus dirigentes e o nome posto do governador Ronaldo Caiado.
Se Caiado não tiver abrigo na sua federação, o que é bem provável, já tem conversas alinhadas com Solidariedade e Podemos. Vai concorrer por um desses, se o União não lhe confirmar a vaga.
O PSD tem dois nomes postos. Como Tarcísio não vai, a legenda parte para o plano B, a candidatura própria: Ratinho Júnior é o mais cotado, e Eduardo Leite corre por fora. O Novo já lançou Romeu Zema, e ele segue no jogo, embora as muitas especulações de uma possível composição com o PSD, para uma chapa Ratinho e Zema.
Renan Santos é o pré-candidato do recém nascido Partido Missão, oriundo do Movimento Brasil Livre (MBL). Cabo Daciolo, folclórico candidato de 2018, volta ao cenário. Vai concorrer, mas ainda não tem um partido.
O ex-ministro Aldo Rebelo é nome do Democracia Cristã (DC), na primeira eleição do partido sem José Maria Eymael no comando. O youtuber comunista Jones Manoel, expulso do PCB em 2023, é uma liderança crescente nas redes sociais e dialoga com um partido à esquerda para concorrer.
Na extrema-esquerda, o PSTU deve, como de hábito, lançar um nome. O Unidade Popular (UP) tende a repetir Léo Péricles, que concorreu em 2022, e o PCO deve apostar de nome em Rui Costa Pimenta.
O PRTB tinha Pablo Marçal como seu nome preferencial, mas ele segue sem direitos políticos. Busca outra alternativa. É o partido do saudoso Levy Fidelix.
Restam três siglas de tradição que têm chances de lançar candidatos: PDT, PSDB e MDB. Os pedetistas filiaram o ex-governador do Paraná, Roberto Requião, que foi lembrado como uma possibilidade, mas o partido está alinhado ao presidente Lula. Não será surpresa se estiver na coligação palaciana.
O PSDB filiou Ciro Gomes, que começa a enfrentar dificuldades na sua pré-candidatura ao governo do Ceará. Lideranças tucanas querem convence-lo a entrar na disputa nacional, para dar palanque e visibilidade do partido, dentro da meta de fortalecer a bancada federal.
E o MDB, segundo consta, tem sido incentivado nos bastidores pelo presidente Lula a lançar um candidato, diante da iminente manutenção de Alckmin na chapa e a falta de espaço para um emedebista ser vice.