Justiça Eleitoral cassa mandatos de vereadores do PP e PDT em Orleans

Tanto o PP quanto o PDT informaram que irão recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), o que mantém o processo em análise até o julgamento em segunda instância.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 22 de dezembro de 2025

4 min.
Justiça Eleitoral cassa mandatos de vereadores do PP e PDT em Orleans. Foto: Divulgação

Justiça Eleitoral cassa mandatos de vereadores do PP e PDT em Orleans. Foto: Divulgação

A Justiça Eleitoral de Santa Catarina determinou, em decisão de primeira instância, a cassação dos mandatos de vereadores eleitos pelos partidos Progressistas (PP) e Democrático Trabalhista (PDT) no município de Orleans, no Sul do Estado. A sentença foi proferida pela 23ª Zona Eleitoral, com sede no município, após o reconhecimento de fraude no cumprimento da cota de gênero nas eleições municipais de 2024.

A decisão foi tomada no julgamento de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) e já foi comunicada às partes envolvidas. Tanto o PP quanto o PDT informaram que irão recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), o que mantém o processo em análise até o julgamento em segunda instância.

Vereadores atingidos pela decisão

Pelo Progressistas, tiveram os mandatos cassados nove parlamentares eleitos:

  • Alessandra Nogueira Nory
  • Alexandre Durante Bussolo
  • Graziela Claudino
  • Leandro Michel Mattei
  • Osvaldo Cruzetta
  • Paulo Roberto Marcolino
  • Renato Debiasi
  • Saimon Diego Claudino
  • Santos Menegasso Neto

Pelo PDT, a decisão atingiu o vereador Ronaldo Mazon. A determinação também se estende aos suplentes das chapas dos dois partidos.

Fraude na cota de gênero

De acordo com a sentença, ficou comprovado que algumas candidaturas femininas foram registradas apenas para cumprir formalmente o percentual mínimo de 30% exigido pela legislação eleitoral, sem a realização de atos efetivos de campanha. A prática é considerada fraude à cota de gênero, mecanismo criado para ampliar a participação feminina na política.

Diante das irregularidades, a Justiça Eleitoral determinou não apenas a cassação dos mandatos, mas também a anulação dos votos nominais e de legenda obtidos pelo PP e pelo PDT no município.

Novos desdobramentos políticos

Com a anulação dos votos, será realizada uma nova totalização e redistribuição das vagas da Câmara Municipal de Orleans, o que pode alterar significativamente a composição do Legislativo local.

Além disso, quatro candidatas envolvidas no caso foram declaradas inelegíveis pelo período de oito anos, conforme previsto na legislação eleitoral.

O julgamento ainda não é definitivo e será reavaliado pelo TRE-SC após a análise dos recursos apresentados pelas siglas. Até lá, o cenário político no município segue indefinido.


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