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Técnica perigosa de emagrecimento é duramente criticada por especialistas

Bem-estar
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Técnica perigosa de emagrecimento é duramente criticada por especialistas

Técnica perigosa de emagrecimento é duramente criticada por especialistas

Como recursos desesperado, muitas mulheres recorrem a esse tipo de procedimento

A técnica de costurar uma malha na língua para emagrecer tem causado indignação e preocupação entre profissionais da saúde no Brasil. Além de ser ilegal e não reconhecida pelas autoridades brasileiras, essa prática é considerada extremamente perigosa, tanto para a saúde física quanto psicológica dos indivíduos que recorrem a ela.

A nutricionista Yasmin Ghellere destaca que essa técnica vai contra todos os princípios de uma nutrição equilibrada e saudável. “Minha missão é promover a saúde integral e sustentável, e essa técnica vai contra todos os princípios de uma nutrição equilibrada e saudável. E os danos psicológicos podem ser tão severos quanto os físicos,” afirma Ghellere. Ela também ressalta a importância de refletir sobre as pressões sociais que levam as pessoas a buscar métodos insalubres para alcançar um corpo idealizado, citando o livro “O Mito da Beleza” de Naomi Wolf.

Morgana Pesenti, Nutricionista Comportamental Especializada em Saúde Mental, com aprimoramento em Transtornos Alimentares e pós-graduanda em Obesidade e Cirurgia Bariátrica, também critica severamente essa prática. “A técnica de emagrecimento que consiste em costurar uma malha de polipropileno na língua não é novidade. De tempos em tempos, ela volta à mídia por causar espanto – e com razão. Para a nossa segurança, essa prática é ilegal no Brasil,” declara Morgana.

Para Pesenti, o problema vai além dos riscos específicos dessa técnica. “Quantos outros métodos de emagrecimento surgem todos os dias colocando não apenas a saúde física, mas a mental e emocional em risco?” questiona. Ela aponta que essa prática extrema é um reflexo da cultura da dieta, onde o controle obsessivo sobre o corpo é promovido como ideal.

“Costurar uma malha na língua para não comer é uma representação extrema da cultura da dieta, que aliena os indivíduos de seus próprios sinais naturais de fome e saciedade. Esta mentalidade não só marginaliza corpos diversos, como também reforça estereótipos prejudiciais de beleza e saúde, podendo desencadear transtornos alimentares e insatisfação pessoal,” explica Morgana.

Pesenti e Ghellere defendem uma abordagem mais inclusiva e gentil em relação à alimentação e ao corpo, promovendo a autonomia e o respeito pela diversidade corporal, social e cultural. “É possível emagrecer, se alimentar melhor e ter uma relação mais saudável com o corpo e a comida num espaço onde se tem voz,” conclui Morgana, ressaltando os princípios da Nutrição Comportamental.

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