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Câmara lê notificação de afastamento de vereador investigado

Denis Luciano
Vereadora Geovana Zanette 1

Denis Luciano

Câmara lê notificação de afastamento de vereador investigado

Vereadores repercutem operação do Gaeco que levou à prisão ex-secretário e outras seis pessoas

A vereadora Geovana Benedet Zanette (PSD) leu faz poucos minutos, na abertura da sessão da Câmara de Criciúma, a ordem do Tribunal de Justiça que determina o afastamento do vereador Daniel Antunes (União Brasil), que deverá ficar afastado das funções por até 180 dias.

O documento chegou nesta segunda-feira ao Legislativo por conta dos desdobramentos da Operação Caronte, que investiga irregularidades nos contratos envolvendo serviços funerários e Secretaria de Assistência Social de Criciúma.

Suplente não poderá assumir

O suplente Jefferson Monteiro já foi convocado. Detalhe é que ele foi preso na mesma operação e, obviamente, não poderá assumir o cargo. Por isso, nesta terça-feira (6) o segundo suplente, Paulo da Farmácia (União), será chamado para ocupar a cadeira.

Daniel é candidato à reeleição. Foi apresentado pelo União com seus correligionários na convenção encabeçada pelo PSD neste domingo (4). Jefferson também concorre, mas pelo Republicanos, do qual é presidente municipal e fez sua convenção na sexta-feira (2), junto com o PL.

Pastor Jair não quis se manifestar

A operação repercute nos bastidores da Câmara. O presidente Jair Alexandre (PL) não quis se manifestar a respeito, pois o caso segue em segredo de Justiça. O vereador Nícola Martins (PL) fez uso da tribuna e mencionou questões da Secretaria de Assistência Social, mas não entrou na questão das funerárias.

Cabe lembrar que entre os presos está o ex-secretário de Assistência Social, Bruno Ferreira, também candidato a vereador pelo PSD, avalizado em convenção neste domingo.

Candidato do MDB cita Gaeco

O vereador Paulo Ferrarezi (MDB) citou a operação do Gaeco em sua fala na tribuna há pouco. “Essa máfia da central funerária, isso nos entristece. Temos um governo intitulado como transparente, que demonstra que as coisas estão tudo bem, e parece que não estão”, disparou.

“No passado teve secretário preso, nessa gestão secretários afastados, agora o Gaeco na porta da prefeitura. Eu acredito que o criciumense está triste, pois quando se fala em polícia na porta da prefeitura, há suspeitos. E eu lamento essa situação”, completou Ferrarezi, que é candidato a prefeito pelo MDB.

Líder do governo se manifesta

O vereador Toninho da Imbralit (PSD), líder do governo Salvaro na Câmara, se pronunciou na sequência de Ferrarezi. “A gente sabe que nessas épocas de política, tudo vai aparecer. Eu já passei por isso como vereador, sei como funciona. O Gaeco está fazendo a parte dele, investigando, vendo o que não está normal”, afirmou.

Toninho mencionou um caso recente no MDB para citar a necessidade de não haver pré-julgamento. “Eu cito um exemplo, o prefeito de Cocal, o Fernando, é do MDB, o seu partido. Ele não é culpado, foi comprovado que ele não tinha culpa, o processo está em andamento. Temos que dar tempo ao tempo, não podemos fazer pré-julgamento”, destacou.

Em seguida, Toninho lembrou que passou pelo processo da gasolina, no qual foi acusado de suposta compra de votos com combustíveis, mas que foi posteriormente inocentado por unanimidade.

Arleu: Gaeco faz a sua parte

O vereador Arleu da Silveira (PSD) também entrou no debate da repercussão da operação do Gaeco. “O Gaeco fez a sua parte. O governo entregou toda a documentação e abriu uma sindicância”, afirmou.

E rebateu a fala de Paulo Ferrarezi. “Tem que tomar cuidado, Paulo, no seu pré-julgamento. Isso envolve o emocional de muita gente, isso é perigoso, muito perigoso. Volta e meia eu recebo memes de candidatos que aí estão e eu não repasso nada, não é de competência minha”, disse.

Estamos repercutindo o assunto agora, no Jornal da Cidade.

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