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Balneabilidade da Lagoa dos Freitas evidencia preocupação do IMA

Meio Ambiente
Lagoa Dos Freitas Balneario Rincao
Foto: Reprodução/Internet/Jeferson Medeiros

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Balneabilidade da Lagoa dos Freitas evidencia preocupação do IMA

“A situação da Lagoa dos Freitas não é única”, ressalta o gerente de Laboratório e Medições Ambientais

A reprodução de algas na Lagoa do Freitas, em Balneário Rincão, levantou o questionamento sobre os métodos em que os índices de balneabilidade são classificados. Em entrevista à rádio Cidade em Dia, o gerente de Laboratório e Medições Ambientais do IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina), Marlon Daniel da Silva, sanou essa dúvida e comentou sobre a impossibilidade de analisar as amostras mais recentes em razão das fortes chuvas que atingiram parte do estado na última semana.

Balneabilidade das lagoas

Atualmente, apenas três das sete lagoas de Balneário Rincão possuem medições de balneabilidade: Lagoa dos Esteves, Lagoa do Faxinal e Lagoa dos Freitas. Sobre essa última, o gerente disse que embora o índice de contaminação fecal em uma localidade possa ser zero ou próximo disso, outras situações podem tornar a lagoa impropria para recriação.

Proliferação de algas, despejos de resíduos indevidos, espumas e materiais flutuantes foram ressaltados por Marlon como eventos que podem fazer o órgão contraindicar o banho. “Sempre que você tem um braço de rio, uma vala, alguma tubulação e não tem um tratamento [de esgoto] adequado, o que acontece? Eles viram condutores do material contaminado que vão parar nos locais de coleta [das amostras], como a logoa e o mar”, completou.

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Dados dos cinco relatórios mais recentes de balneabilidade na Lagoa dos Freitas. Foto: Reprodução/IMA

Ele aponta que praias densamente povoadas dificilmente terão todos os pontos próprios para banho, como consequência da deficiência do saneamento básico, e afirmou que essa situação passou a ser uma preocupação também com as lagoas. “Está existindo um adensamento populacional muito grande, a situação da Lagoa dos Freitas não é única”, enfatizou.

Para o futuro, Marlon destacou que se faz necessário pensar no crescimento populacional em praias e lagoas com mais cuidado, objetivando um melhor tratamento do esgoto. “A gente prevê que com esse crescimento, poderemos ter problemas futuros”, alertou.

Ausência do relatório da última sexta-feira

O gerente comentou que parte das amostras extras, coletadas no dia 16 de janeiro, não conseguiram chegar à sede na capital, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a Grande Florianópolis, o Vale do Itajaí e o Litoral Norte de Santa Catarina. “E as que chegaram, que já estavam trabalhadas, foram perdidas pela falta de energia elétrica”, completou. Por conta desses contratempos, o relatório de sexta-feira (17) não pôde ser realizado.

Sem coletas nesta semana

Marlon relatou que o IMA optou por não fazer a coleta dos dias 20, 21, 22 e 23 para que os bombeiros, que fazem a coleta das amostras, pudessem atuar focados no suporte aos municípios atingidos pelas enchentes. Na próxima semana, as atividades voltam a normalidade. Nos dias 27 e 28 haverão as coletas gerais, enquanto as extras serão realizadas nos dias 29 e 30. Por sua vez, os relatórios serão publicados nos dias 29, 30 e 31.

 

É possível verificar os relatórios de balneabilidade acessando o site balneabilidade.ima.sc.gov.br

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