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O jantar de Ulisses Gabriel para Jorginho Mello e convidados

Denis Luciano

Denis Luciano

O jantar de Ulisses Gabriel para Jorginho Mello e convidados

Governador e delegado geral ganharam críticos na região por eventual viés político em operações recentes

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O governador Jorginho Mello fecha com chave de ouro sua passagem por Criciúma nesta terça-feira. O delegado geral de Polícia Civil, Ulisses Gabriel, organiza um jantar com lista fechada e vip de convidados, vários empresários e amigos próximos. E o cardápio? Óbvio que a eleição.

Jorginho está muito empenhado na disputa em Criciúma, tanto que fez força para manter a cidade na lista da visita do ex-presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, sacrificando centros importantes como Itajaí e Joinville, e antes mesmo escanteando Blumenau, São José e Florianópolis, todos colégios eleitorais maiores.

A própria escolha pela agenda em Criciúma nesta terça já é uma preparação de terreno. O vereador Nícola Martins (PL) usou a tribuna da Câmara, na segunda-feira, para elencar as realizações de Jorginho por Criciúma e enfatizar as muitas presenças dele aqui. Uma forma de criar o ambiente.

Os anúncios desta terça, todos muito importantes, não são demandas novas. A SC-108 é gargalo de mais de ano. O Anel Viário, idem. O Hospital Materno Infantil Santa Catarina é o mesmo que, quando questionado há meses pelo repórter Eduardo Madeira, da Rádio Cidade em Dia, Jorginho admitiu desconhecer a existência.

Diante do exposto, não faltou quem tentasse emplacar a pecha de eleitoreira à agenda de Jorginho nesta terça. Pelo sim, pelo não, ao menos ele trouxe novidades. E também, nos bastidores, tratou de uma das suas empreitadas, engajar o MDB no palanque de Ricardo Guidi com uma possível renúncia de Paulo Ferrarezi.

Sobre o jantar, trata-se de uma cortesia, um aceno natural e corriqueiro. Ulisses Gabriel vem se destacando no colegiado de Jorginho Mello como o delegado geral que botou pra funcionar efetivamente a Delegacia de Combate à Corrupção (Decor). Passam por ela, como colaboradora, operações de vulto, como a Caronte (que colocou o prefeito Clésio Salvaro na cadeia) e a Cyperus (que balançou os bastidores políticos em Forquilhinha).

Há uma semana, o prefeito de Forquilhinha sublinhou uma denúncia exposta sete dias antes por Salvaro, na sua última manifestação antes de ser preso. Tanto Neguinho quanto o prefeito de Criciúma dizem, sem reservas, que Jorginho Mello e Ulisses Gabriel operam politicamente, e usam tais operações para interferir no jogo eleitoral onde bem entendem. Denúncia gravíssima, rebatida por Ulisses e por interlocutores do governador.

O que virá depois desse jantar? Além da licença de Jorginho para fazer campanha com Bolsonaro em Balneário Camboriú e Criciúma? Dependendo do que vier, as desconfianças de Neguinho, Salvaro e outros poderão voltar à tona. Ou não. Um curto espaço de tempo responderá.

 

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