Denis Luciano
Transporte coletivo: empresas sugerem 16,8% de reajuste em Criciúma
Tarifa de Remuneração, que é o valor-base sugerido pelas empresas ao Município, passaria de R$ 6,31 para R$ 8,09
O Consórcio CriBus, que reúne as empresas que operam o transporte coletivo em Criciúma, entregou no último dia 14 a planilha com os cálculos apontando a sugestão de reajuste de 16,8% sobre o atual valor aplicado.
Com isso, levando em conta a chamada Tarifa de Remuneração, o valor base passaria dos atuais R$ 6,31 para até R$ 8,09. Esse é, conforme os empresários, o valor correto para operar o sistema. O valor cobrado do cidadão cabe ao prefeito definir.
Em 2024, a Tarifa de Remuneração definida pelas empresas foi de R$ 6,31, mas o então prefeito Clésio Salvaro decidiu por cobrar R$ 5. Para baratear, ele aplicou diversas fórmulas, como subsídio. O prefeito Vagner Espíndola tratou deste e outros temas ontem, em reunião com as empresas.
O tema está entregue a uma comissão especial no Paço, que vem estudando os números. Dificilmente o valor final ficará abaixo dos R$ 6, com o Município aplicando fórmulas como o subsídio pelo repasse da arrecadação do estacionamento rotativo e outros subsídios públicos para não encarecer tanto ao cidadão.
Também estão em tratativas com as empresas e o prefeito a adoção da eletromobilidade e o passivo do transporte coletivo. Sobre os ônibus elétricos, foi exposto que cada um custa R$ 3,4 milhões e precisa de 6 horas diárias de recarga elétrica, além de um custo mais elevado de manutenção. Em contrapartida, ônibus movidos a diesel custam R$ 800 mil e há modelos mais modernos, os chamados Euro 5 e Euro 6, que têm impacto ambiental semelhante ao de um ônibus elétrico, e já há 12 carros desse modelo circulando em Criciúma.
Sobre o déficit do sistema, que é o passivo do transporte coletivo, o contrato atual não cobre as despesas das empresas. Quando isso ocorre, cria-se um passivo que, em algum momento, deverá ser pago pelo Município. Essa dívida atualizada encontra-se em R$ 26.997.000,00. O prefeito respondeu às empresas que esse tema também está entregue a uma comissão especial que estuda alternativas para o pagamento.
Mais detalhes do tema nesta quarta-feira, no Em Dia com a Cidade na Rádio Cidade em Dia.
